A witness (C masked) speaks with Brazilian policemen during the reconstruction of the murder of eight-year-old Agatha Sales Felix, at Alemao Favelas complex, Rio de Janeiro, Brazil, on October 01, 2019. - Felix died during a confrontation between alleged drug traffickers and police officers on September 21. (Photo by Daniel RAMALHO / AFP)DANIEL RAMALHO / AFP
Por O Dia*
Publicado 02/10/2019 08:09
Rio - A reconstituição da morte da menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, durou cerca de três horas e contou com a participação de apenas dois dos 11 PMs envolvidos direta ou indiretamente no crime, no último dia 20. A mãe da criança, Vanessa Sales, passou mal e também não esteve na reprodução simulada, que aconteceu no Largo do Birosca, no Complexo do Alemão.
Inicialmente, o chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), o delegado Antônio Ricardo, havia divulgado que nenhum dos 11 PMs participaria da reconstituição por orientação de suas defesas. Porém, alguns mudaram de ideia e resolveram colaborar.
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Dois que participaram diretamente da dinâmica da ação foram efetivamente ouvidos durante a reprodução dos fatos, na comunidade da Fazendinha. Eles sustentaram que dois ocupantes de uma moto passaram atirando contra a equipe de policiais, quando houve a troca de tiros que atingiu Ágatha dentro de uma Kombi.

"Dois policiais militares compareceram e prestaram as suas informações. Eles vieram por livre e espontânea vontade. Foram seis civis, testemunhas e dois PMs, totalizando oito pessoas. Esses dois policiais participaram da ocorrência. Eles estão diretamente relacionados a ela", disse Antônio Ricardo. "O laudo pericial, nós pretendemos divulgar em 30 dias, quando vamos chegar à conclusão de acordo com o que foi apurado nesta reprodução simulada".
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TIRO EM POSTE

A reconstituição começou por volta das 18h30, sob condições de luminosidade semelhantes às do momento do crime, e durou pouco mais de três horas, quando parte de uma das ruas da comunidade ficou bloqueada ao trânsito de veículos e de pedestres, terminando por volta das 22h. Para garantir a segurança da perícia, foi mobilizado um contingente de 70 policiais civis e três blindados.
"Perto do local tem um poste que apresenta sinais de arma de fogo e é possível que o tiro tenha atingido o poste e desviado até a menina", afirmou o chefe do DGHPP.
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A imprensa que cobria a reconstituição foi aconselhada a sair do conjunto de favelas da Zona Norte do Rio em grupo, por questão de segurança, um pouco antes do fim dos trabalhos, descendo o morro a pé.
"Nós esperamos chegar à conclusão sobre quem efetuou o disparo que matou a menina Ágatha. Nós queremos confrontar as versões apresentadas em sede policial com o que nos podemos presenciar aqui no local. A ideia é saber se houve confronto ou não", Nunes acrescentou.
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A mãe a menina não teve condições de estar presente porque teve picos de pressão alta, segundo o advogado Rodrigo Mondego, da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Estado do Rio de Janeiro (OAB-RJ).
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HISTÓRICO
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A menina Ágatha morreu depois de ter sido baleada nas costas quando estava com a mãe em uma Kombi. Ela levada para uma UPA do Alemão, de onde foi transferida para o Hospital Getúlio Vargas. Lá, ela chegou a ser operada durante cinco horas, mas não resistiu.
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* Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo