Publicado 15/09/2020 09:07 | Atualizado 15/09/2020 09:09
Rio - Policiais da 14ª DP (Leblon) prenderam três traficantes que participaram da invasão ao Morro do São Carlos nos últimos dias 26 e 27 de agosto. Davi Felippe de Britto Golçalves, conhecido como Paquetá, de 21 anos, Matheus Fernandes Ferreira, o Gringo, 27, e um adolescente de 17 anos foram encontrados em uma lanchonete de Copacabana, na Zona Sul do Rio, na noite de sexta-feira.
De acordo com o delegado Antenor Lopes Martins Júnior, titular da 14ª DP, os três foram capturados quando planejavam praticar roubos em Copacabana, Ipanema e Leblon. Eles têm diversas passagens pela polícia por roubo, tráfico e outros crimes.
"Os três ficam no Morro dos Prazeres e Fallet/Fogueteiro, mas descem das comunidades para roubar carros na Zona Sul", conta o delegado, dizendo que Gringo nasceu em Niterói, na Região Metropolitana, e quando tinha oito anos de idade morou com a família na Flórida, nos Estados Unidos.
O trio foi encontrado após um trabalho de inteligência da distrital. Eles estavam com drogas.
Os traficantes do bando ostentam armas e fazem muitos vídeos durante os crimes; veja alguns deles!
Áudios interceptados pela polícia mostram Paquetá falando com comparsas sobre a invasão ao São Carlos; ouça!
* "Peça" entre os traficantes é arma.
A INVASÃO
Segundo a polícia, a guerra do São Carlos reuniu cerca de 80 traficantes de seis comunidades (Rocinha, Pavão-Pavãozinho, Complexo do Alemão, Complexo da Penha, Morro da Providência e Turano), todas dominadas pela facção Comando Vermelho (CV). Os criminosos começaram a se deslocar em direção ao conjunto de favelas da região central da cidade comandada por rivais do Terceiro Comando Puro (TCP) na tarde do dia 26.
O grupo se encontrou no Prazeres e no Fallet/Fogueteiro, de onde receberam instruções dos chefes da facção.
Depois de um intenso tiroteio, a invasão fracassou com os traficantes do CV sendo expulsos pelos rivais do TCP e cercados pela polícia.
Na fuga, os criminosos espalharam terror pelos bairros do Estácio e Rio Comprido e chegaram a fazer reféns, em dois sequestros. Ana Cristina da Silva, 25, morreu ao proteger o filho dos tiros.
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