Vereador Jairinho teria recebido regalias durante sua passagem pela Cadeia Pública Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do RioReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por O Dia
Publicado 14/04/2021 07:49 | Atualizado 14/04/2021 09:45
Rio - A empregada doméstica de Dr. Jairinho e Monique Medeiros e a irmã do vereador devem prestar depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca), na tarde nesta quarta-feira. De acordo com as novas declarações da babá de Henry Borel, de 4 anos, Thayná Oliveira Ferreira, as duas sabiam das agressões sofridas pelo menino.
Em novo relato, Thayná revelou trechos de uma conversa que teve com a irmã do vereador Dr. Jairinho, Thalita Souza. No encontro, a irmã do parlamentar disse a moça que ela não deveria ser a "juíza do caso do irmão dela".
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Segundo a babá, o encontro com Thalita foi na casa dos pais do vereador, onde sua mãe trabalha como cuidadora do sobrinho de Jairinho, dias antes do primeiro depoimento. Na ocasião, a irmã do político pediu que ela lhe contasse tudo que sabia sobre o relacionamento do irmão e, logo depois, disse que "menos seria mais", dando a entender que Thayná não deveria contar a verdade para a polícia.
Thayná ficou por mais de sete horas na delegacia prestante seu segundo depoimento. Ela contou que mentiu pela primeira vez a pedido da professora Monique Medeiros, mãe de Henry Borel.
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A moça também relatou que o pedido de Monique ocorreu durante um encontro com o advogado André França Barreto, que defende Jairinho. Nesse mesmo encontro, o advogado deu orientações sobre o que Thayná deveria responder em uma entrevista para uma equipe de reportagem e durante seu depoimento na delegacia.
No documento obtido pelo O DIA, a babá diz que Barreto se apresentou como um homem religioso e, usando o nome de Deus, questionou a moça se ela colocaria a mão no fogo pro Jaririnho e Monique.
Thayná revelou também que outras pessoas sabiam que Henry era torturado por Jairinho. Além da irmã do vereador, a babá relatou uma conversa com a avó materna do garoto. Na ocasião, a mulher a questionou, alegando que Henry poderia estar mentindo.
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A Polícia Civil também descobriu que Thayná e a empregada doméstica Leila Rosângela de Souza, a Rose, se reuniram com o advogado de Dr. Jairinho e Monique, André França Barreto, antes de prestarem depoimento. Para os agentes, Rose também mentiu.
A morte
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Henry Borel morreu na madrugada do dia 8 de março. O casal Jairinho e Monique alegaram que encontraram a criança desacordada no chão do quarto e o levaram para o Hospital Barra D'or.
Os médicos que atenderam o casal disseram que a criança ja chegou morta no hospital. Após a confirmação do óbito o corpo teve que ser levado para o IML para exames.
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Peritos constataram que a criança apresentava vários sinais de violência. Henry Borel morreu por complicações de uma hemorragia por conta do rompimento do fígado.
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O jornal O DIA tentou entrar em contato com os citados, mas não teve retorno.
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