A  empregada doméstica L.M. (com a cabeça encoberta) prestou depoimento na quarta-feira, na 16ª DP
A empregada doméstica L.M. (com a cabeça encoberta) prestou depoimento na quarta-feira, na 16ª DPLuciano Belford/Agencia O Dia
Por O Dia
Rio - A mãe do menino Henry Borel, Monique Medeiros, teria mandado uma mensagem para a empregada doméstica Leila Rosângela de Souza, antes de prestar o primeiro depoimento sobre o caso da morte da criança à polícia, pedindo para que a funcionária não abandonasse ela e o vereador Dr. Jairinho (sem partido).
"Dorme bem. E não nos abandone. Você, mesmo por pouco tempo, já faz parte das nossas vidas. Só não perde a fé. Ore por nós", dizia um trecho da conversa. 
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Em sua primeira versão contada na 16ª DP (Barra da Tijuca), Leila não teria contato sobre as agressões que a criança sofria. Dezenove dias depois, a emprega retornou a unidade policial, onde decidiu mudar seu depoimento. A mudança aconteceu depois que o casal Dr. Jairinho e Monique foram presos suspeitos de estarem envolvidos na morte de Henry. 
Neste dia, ela admitiu ter presenciado o garoto com "cara de apavorado" e mancando após levar "chutes" e "bandas" do parlamentar.
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Ela relatou ainda que Monique dava, três vezes ao dia, remédios para ansiedade a Henry, com o intuito de fazer a criança dormir. Além disso, disse que havia vômitos frequentes do menino e também houve um ataque de pânico quando ele teve ao viajar no Carnaval com o casal.
Henry morreu no apartamento que vivia com a mãe e o padrasto, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. De acordo com a perícia, ele foi morto após ser espancado, dentro do apartamento. 
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No apartamento do casal, a Polícia Civil encontrou várias caixas de remédios tarja preta, muitos deles ansiolíticos. Em seu depoimento na mesma delegacia, o vereador Jairinho afirmou que ele mesmo passou a se automedicar com os remédios, pois tinha insônia.