Publicado 29/06/2021 11:25 | Atualizado 29/06/2021 12:08
Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) ouve, nesta terça-feira, a versão dos familiares de Kathlen Romeu, 24 anos, jovem grávida de quatro meses morta no dia 8 de junho, em uma ação da Polícia Militar no Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio. Os depoimentos fazem parte do Procedimento Investigatório Criminal (PIC) instaurado pela Promotoria de Justiça junto à Auditoria Militar. A avó de Kathlen, Sayonara de Fátima Queiróz de Oliveira, também será ouvida às 13h na Auditoria Militar. Ela estava com a jovem no momento do tiroteio, e afirmou que implorou por socorro à uma equipe da PM que estava atirando na região.
A designer de interiores estava na comunidade para visitar parentes na comunidade e foi atingida durante um confronto entre a Polícia Militar e traficantes. A jovem chegou a ser socorrida, mas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS), não resistiu aos ferimentos, logo após chegar ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, também na Zona Norte.
O porta-voz da Polícia Militar, major Ivan Blaz, disse na ocasião que policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Lins foram atacados por traficantes. Segundo o porta-voz, os PMs foram os primeiros a chegar no local em que Kathlen estava. De acordo com ele, os militares disseram que não foram os responsáveis pelos disparos que mataram a jovem.
No último dia 11, a corporação informou que os 12 agentes envolvidos na operação no Complexo do Lins foram afastados das ruas. Cinco deles prestaram depoimentos duas vezes.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) informou que fará uma reprodução simulada da morte de Kathlen. O objetivo da ação é descobrir a origem dos tiros que atingiram a jovem, e se havia confronto com traficantes no local, como afirmaram os policiais em depoimentos. O trabalho poderá confirmar ou descartar as versões apresentadas sobre o caso.
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