Publicado 10/11/2021 21:32
Rio - A morte do cineasta Cadu Barcellos completou um ano nesta quarta-feira (11) e a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) ainda não concluiu o inquérito que investiga o crime. Barcellos tinha 34 anos e voltava da Pedra do Sal, no Santo Cristo, quando foi vítima de um ataque a facadas, na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, na madrugada do dia 11 de novembro de 2020.
Uma das linhas de investigação é a possibilidade de latrocínio, já que o cineasta foi encontrado ferido e sem seus pertences, como carteira e dinheiro. A DHC chegou a ouvir pessoas que estiveram próximas a Cadu antes do crime e os agentes percorreram as proximidades do local onde ele foi encontrado, para conseguir imagens de câmeras de segurança.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que analisa câmeras de um ônibus que teria imagens de um dos suspeitos que utilizou o Riocard roubado da vítima. As investigações do caso continuam e os resultados desta análise de imagens vão determinar novas diligências. O Disque Denúncia também divulgou cartaz pedindo informações que ajudassem a delegacia a identificar os autores do crime.
Cadu Barcellos foi um dos responsáveis pela criação da ONG Maré Vive, na comunidade em que viveu, onde além de promover cursos de internet e audiovisual, participou do corpo de dança dirigido pelo coreógrafo Ivaldo Bertazzo. Ele era também produtor cultural e atuava no programa Greg News, produzido pelo Porta dos Fundos, como assistente de produção.
O cineasta também dirigiu o episódio "Deixa voar" do longa "Cinco Vezes Favela - Agora por nós mesmos", de 2010, produzido por Cacá Diegues e Renata Almeida Magalhães e Barcellos, assinou a direção da série "Mais X favela", lançado em 2011 no canal Multishow e foi também um dos integrantes da equipe que produziu o documentário "5x Pacificação", de 2012.
Cadu Barcellos deixou esposa e um filho, na época, com dois anos. Para ajudar a companheira do cineasta com os gastos com a escolaridade do filho do casal, Bernardo, amigos criaram uma 'vaquinha' virtual. A meta, atualmente, é levantar R$250 mil. Até o momento a arrecadação contou com 983 apoios e já conseguiu R$221.635 mil. Na ocasião, famosos lamentaram sua morte nas redes sociais.
"Cadu era um jovem talentoso, inteligente, de sorriso franco", lamentou a jornalista Flávia Oliveira. "Sempre rindo, pronto pra dançar e fazer piada. Muito talentoso e criativo", comentou a jornalista Cecília Oliveira. "Uma das melhores pessoas que eu já conheci na vida", disse Gregório Duvivier. "Um talento puro e um sorriso encarnado. Um tesouro da Maré", descreveu o editor-chefe do "Greg News", Bruno Torturra.
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