Beija-Flor de Nilópolis na Marquês de Sapucaí no Carnaval de 2020 Daniel Castelo Branco
Publicado 21/01/2022 09:04
Rio - O secretário municipal de Saúde Daniel Soranz garantiu que a reunião do Comitê Científico da próxima segunda-feira (24) não baterá o martelo sobre a realização dos desfiles das escolas de samba na Sapucaí. Segundo Soranz, outros temas serão prioritários, como estratégias para ampliar a testagem e o atendimento na rede pública, diante do aumento de casos de covid-19. 

"A gente considera precoce para discutir Carnaval. Não teremos ainda nessa segunda definições sobre o Carnaval. A variante Ômicron mudou todo o cenário epidemiológico. Primeiro, temos de entender quanto essa curva vai durar, e se de fato essa variante vai continuar se comportando de maneira leve. Nossa preocupação é proteger os não vacinados, e evitar ao máximo que tenham pessoas não vacinadas. Para que, depois, a gente possa planejar o que vai acontecer daqui a 40 dias. Ao meu ver, é precoce a gente prever qualquer coisa", afirmou Soranz, que esteve na manhã desta sexta-feira (21) no centro de testagem municipal do CIEP Nação Rubro-Negra, no Leblon.
O Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 (CEEC) do Rio havia adiado para o dia 24 de janeiro a decisão sobre o Carnaval da Sapucaí. Em reunião com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os especialistas decidiram postergar a decisão sobre a manutenção, cancelamento ou adiamento da festa no Sambódromo. Marcados para os dias 25, 26, 27 e 28 de fevereiro, os desfiles das escolas de samba seguem mantidos pela Prefeitura do Rio.
Segundo o secretário Municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, o número de casos graves do novo coronavírus, o aumento de transmissão e a vacinação com a dose de reforço serão os três principais indicadores analisados pela prefeitura para decidir sobre a realização, ou não dos desfiles das escolas de samba.
No último dia 4, a prefeitura decidiu em reunião com representantes de nove blocos e três megablocos, suspender o carnaval de rua pelo segundo ano seguido, por conta da pandemia. Após o anúncio, o prefeito Eduardo Paes ressaltou que os desfiles das escolas de samba estão mantidos, já que, segundo ele, é possível "estabelecer controles efetivos" na Sapucaí. 
O presidente da SuperLiga, liga das escolas de samba do Carnaval da Intendente de Magalhães, Clayton Ferreira, disse em entrevista ao DIA que os desfiles tradicionais do subúrbio carioca estão mantidos para este ano. O responsável pela liga acredita que a situação do Carnaval na estrada deve seguir o mesmo rumo dos desfiles no Sambódromo, e deve ser assistido por um público reduzido de pessoas.
Apesar de decisão da Prefeitura do Rio em manter o Carnaval na Sapucaí e em clubes, o Comitê Científico do Governo do Estado desaconselhou, no dia 7 de janeiro, a realização de qualquer comemoração em todas as cidades. Entretanto, no dia 10, o governador do Rio, Cláudio Castro, afirmou que, diante da situação da pandemia, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) não vê motivos para o cancelamento do Carnaval em ambientes onde possa ocorrer o controle do público. 
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