Publicado 26/08/2022 10:51
Rio- As armas apreendidas por policiais da Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco-IE) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) do grupo miliciano comandado por Danilo Dias, o Tandera, equivalem ao total de R$ 1,3 milhão, segundo o delegado André Leiras. O armamento foi localizado em um terreno no bairro Cabuçu, em Nova Iguaçu, nesta quinta-feira (25). Ao todo foram apreendidos 16 fuzis e três espingardas, além de carregadores, munição e um radiotransmissor.
A ação foi realizada para verificar informações produzidas através de investigações da polícia que indicavam a existência de um imóvel que seria utilizado como “paiol de armas” e "base operacional" da milícia. Os policiais foram ao lugar e verificaram que o imóvel estava vazio. Após buscas, o armamento foi localizado e, em seguida, encaminhado para a Cidade da Polícia.
O bairro onde as armas foram encontradas é o mesmo em que o ‘caveirão da milícia’ foi apreendido na última terça-feira (23). De acordo com o delegado da Draco, André Leiras, a apreensão é fruto de investigações e foi seguida de operações sucessivas que ocorrem desde o fim de semana.
“Não podemos esquecer que na operação de sábado que morreram criminosos conhecidos como Delsinho e Fofo também foram apreendidos três fuzis e duas pistolas, então tem que somar, porque é a mesma milícia. Foram operações sucessivas, morte das lideranças, apreensão do carro-forte e dos fuzis de ontem. Fizemos um cálculo de que as armas equivalem a R$ 1,3 milhão”, explicou.
O bairro onde as armas foram encontradas é o mesmo em que o ‘caveirão da milícia’ foi apreendido na última terça-feira (23). De acordo com o delegado da Draco, André Leiras, a apreensão é fruto de investigações e foi seguida de operações sucessivas que ocorrem desde o fim de semana.
“Não podemos esquecer que na operação de sábado que morreram criminosos conhecidos como Delsinho e Fofo também foram apreendidos três fuzis e duas pistolas, então tem que somar, porque é a mesma milícia. Foram operações sucessivas, morte das lideranças, apreensão do carro-forte e dos fuzis de ontem. Fizemos um cálculo de que as armas equivalem a R$ 1,3 milhão”, explicou.
O delegado assistente Ricardo Carraretto da Draco informou ainda que a maioria dos fuzis são de origem estrangeira e que todo o armamento foi localizado dentro de um veículo. "Essas apreensões sucessivas são uma perda colossal para eles, um prejuízo milionário. Ontem verificamos que a maioria dos fuzis são de origem estrangeira, americana. Eles estavam dentro de um carro em um terreno, um local fechado, mas não tinha ninguém lá. Nós conseguimos evitar que esse armamento fosse distribuído", relatou.
A morte das lideranças citada pelo delegado André Leiras ocorreu durante um confronto entre os milicianos e a Polícia Civil em Nova Iguaçu, na Baixada, no último sábado (20). Na ação foram mortos o irmão de Tandera, Delson de Lima Neto, o Delsinho e Renato Alves Santana, o Fofo, que ocupa a terceira posição no grupo paramilitar. Além dos suspeitos identificados como Tizil e Neguinho, que atuavam na segurança de Delsinho.
Em relação ao carro-forte, a polícia tenta identificar o proprietário e a origem do veículo. Considerado uma espécie de ‘caveirão da milícia’, ele era utilizado em áreas de risco, para chegar ao ponto de confronto de maneira rápida e segura e em confrontos com milicianos rivais e traficantes. Além de ser usado também como forma de intimidação. O veículo foi encaminhado a Cidade da Polícia, onde passou por perícia na última quarta-feira (24).
De acordo com a Civil, Danilo Dias é o miliciano mais procurado do Rio, ele traz tatuado no peito o olho de tandera, símbolo dos Thundercats, e de acordo com informações obtidas pela corporação, seus principais aliados fizeram o mesmo desenho na pele. O criminoso é conhecido por seu comportamento extremamente violento. Ele faz questão de estar à frente de invasões em áreas dominadas por quadrilhas rivais. Anda sempre com um fuzil e na companhia de diversos seguranças.
Operação contra grupo rival
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MPRJ) realizaram uma operação, nesta quinta-feira (25), para cumprir 23 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão contra milicianos da quadrilha chefiada por Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, que atuam na Zona Oeste e na Baixada Fluminense, grupo rival da milícia comandada por Tandera. Na ação, oito criminosos foram presos.
Zinho, lidera a milícia conhecida como Liga da Justiça desde a morte do seu irmão, o traficante Wellington da Silva Braga, o Ecko, em junho de 2021. Ele domina a área de Santa Cruz, Campo Grande, Cosmos, Inhoaíba, Paciência e regiões da Baixada Fluminense. Enquanto Tandera domina as regiões de Seropédica e Itaguaí, na Região Metropolitana e outros pontos da Baixada, como o Bairro K-32, em Nova Iguaçu.
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