'Boquinha' é vereador de Duque de Caxias desde 2012Reprodução/Redes Sociais
Publicado 29/08/2022 07:40 | Atualizado 29/08/2022 08:20
Rio - O vereador Marcus Vinícius de Moraes Guimarães, o Boquinha (Solidariedade), usou suas redes sociais, neste domingo (17), para comentar o ataque a tiros que sofreu na noite do último sábado (27), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O parlamentar contou que saía de uma agenda em uma igreja do bairro Doutor Laureano, quando quatro homens em uma picape atiraram contra ele e sua equipe. O caso aconteceu na Rua Castro Alves, por volta das 22h30.

"Graças a Deus, só foi dano material. Vários disparos de arma de fogo, mas ninguém saiu ferido, nem eu, nem o pessoal que trabalha comigo, ninguém da minha equipe. O que aconteceu comigo, infelizmente, acontece com muita gente aqui na Baixada Fluminense. A minha luta é para que isso não aconteça com outras pessoas. Precisamos lembrar que os números das vítimas de violência no nosso estado não são apenas números, mas também vidas", desabafou o vereador.

Por conta dos disparos, o carro em que Boquinha estava acabou sendo danificado. Os criminosos fugiram após atirarem. O crime é investigado pela 59ª DP (Duque de Caxias). De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado como tentativa de roubo e uma perícia foi realizada no local. Diligências estão em andamento para apurar a autoria do crime.
Marcus Vinícius é presidente do Partido Solidariedade de Duque de Caxias. Ele foi eleito em 2012 e reeleito em 2021. O parlamentar também atuou como secretário de Assistência Social e Direitos Humanos do município até março deste ano. Agora, o vereador é candidato a deputado estadual.
No vídeo publicado pelo parlamentar, ele também relembrou a violência que outros políticos sofreram no Rio de Janeiro. Em 2021, somente em Caxias, três vereadores foram assassinados em um intervalo de dez meses. "Em Duque de Caxias, foram três vereadores mortos no último ano, todos eleitos pelo voto popular. Não é só um desrespeito a vida das pessoas dessa família, mas é um desrespeito também das pessoas que votaram para eleger esses candidatos", ressaltou Boquinha.

O caso mais recente aconteceu com o vereador Alexsandro Silva Faria, o Sandro do Sindicato (Solidariedade), morto a tiros de fuzil em outubro do último ano. A vítima estava dentro de sua van, quando foi atacada pelos criminosos, na Avenida Governador Leonel Brizola, no bairro Pilar. Montador de estrutura metálica, ele foi eleito em 2020 para o primeiro mandato com 3.247 votos.

Em setembro, o ex-policial Joaquim José Quinze Santos Alexandre, o Quinzé (PL), foi morto a tiros na estrada São João-Caxias, no limite entre Caxias e São João de Meriti. O parlamentar visitava uma pessoa e, ao sair do carro, foi baleado por um homem em um veículo branco. Na época de sua primeira eleição, Quinzé foi acusado de porte ilegal de armas. Denunciado pelo Ministério Público do Rio (MPRJ), ele permaneceu em liberdade e estava em seu quarto mandato parlamentar. 

Já em março, o vereador Danilo Francisco da Silva (MDB), o Danilo do Mercado, e o filho dele, Gabriel da Silva, foram executados em plena luz do dia na Praça Jardim Primavera, por tiros de fuzil calibre 7,62. A dupla foi morta por homens usando balaclavas. O parlamentar era investigado em inquéritos que apuravam mortes, formação de milícia e grupo de extermínio, grilagem de terras, extorsão e ameaça. 
 
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