Publicado 07/09/2022 11:09
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) decretou, nesta terça-feira (6), a prisão preventiva de Sabine Coll Boghici, acusada de aplicar um golpe milionário contra a própria mãe, uma idosa de 82 anos, e de outras cinco pessoas envolvidas no crime, sendo elas Diana Rosa Aparecida Stanesco Vuletic, Jacqueline Stanesco Vuletic, Rosa Stanesco Nicolau, Slavko Vuletic e Gabriel Nicolau Traslaviña. A medida atende a um pedido feito pelo Ministério Público do Rio (MPRJ), que denunciou o grupo por estelionato, extorsão mediante sequestro, roubo, cárcere privado, associação criminosa e crime continuado.
Na decisão, a juíza Simone de Araujo Rolim diz que "os indícios de autoria e materialidade são fortes" e entendeu que a conduta dos denunciados é grave e, se soltos, "os réus oferecem severo risco à ordem pública e evidente intranquilidade social", uma vez que a fase de instrução criminal ainda não começou e as testemunhas do caso ainda não foram ouvidas em juízo, "o que poderia, inclusive, prejudicar a fidelidade de seus depoimentos", ressaltou a magistrada.
Além da prisão, Simone Rolim decretou a quebra de sigilo dos dados telefônicos e telemáticos dos celulares de Sabine e Rosa Stanesco, apreendidos durante uma operação da Polícia Civil, em 10 de agosto, que resultou na prisão delas, além de Gabriel e Jacqueline. O objetivo é obter informações que permitam localizar o paradeiro das joias roubadas da idosa, que é viúva de um dos maiores colecionadores e negociadores de obras de arte do país. A vítima sofreu um prejuízo de aproximadamente R$ 725 milhões e também teve quadros e dinheiro roubados.
Com a quebra de sigilo, os peritos poderão analisar todos os contatos existentes nos aparelhos; fotografias registradas; ligações recebidas e efetuadas nos últimos dois anos; e os registros de voz e de mensagens escritas, inclusive as de Whatsapp. Além disso, a magistrada também decretou sequestro dos bens de Rosa. Ao todo, são 11 imóveis com valores variando entre R$ 500 mil e R$ 2 milhões, nos bairros de Ipanema, Leblon, Botafogo, Gávea, Jardim Botânico, Lagoa, na Zona Sul do Rio, e um na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
O sequestro também se estendeu a um veículo do modelo Porsche Cayman 2011, avaliado em mais de R$ 100 mil, que estava em posse do filho da mulher, Pedro Stanesco. "No caso em apreciação constato haver fortes indícios da prática de ilícito penal, portanto, a medida de sequestro se faz adequada e necessária para assegurar a reparação do dano decorrente da suposta infração penal", decidiu a juíza.
Na última sexta-feira (2), a Polícia Civil indiciou Sabine e os outros cinco envolvidos no golpe por cárcere privado, associação criminosa, estelionato, roubo e extorsão. Diferente dos demais, que acabaram presos na operação Sol Poente, Diana e Slavko foram encontrados no último dia 16, em Saquarema, na Região dos Lagos.
Em uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) do último dia 22, o pedido de habeas para Sabine, Gabriel e Rosa foi negado. A defesa havia requerido que as prisões de Sabine e Gabriel fossem revogadas e que Rosa cumprisse prisão domiciliar, alegando que houve constrangimento ilegal por conta da ausência de "requisitos para a prisão temporária decreta". Entretanto, o ministro Jesuíno Rissato entendeu que a medida foi baseada em "detalhada exposição" de elementos e os manteve presos.
Na decisão, a juíza Simone de Araujo Rolim diz que "os indícios de autoria e materialidade são fortes" e entendeu que a conduta dos denunciados é grave e, se soltos, "os réus oferecem severo risco à ordem pública e evidente intranquilidade social", uma vez que a fase de instrução criminal ainda não começou e as testemunhas do caso ainda não foram ouvidas em juízo, "o que poderia, inclusive, prejudicar a fidelidade de seus depoimentos", ressaltou a magistrada.
Além da prisão, Simone Rolim decretou a quebra de sigilo dos dados telefônicos e telemáticos dos celulares de Sabine e Rosa Stanesco, apreendidos durante uma operação da Polícia Civil, em 10 de agosto, que resultou na prisão delas, além de Gabriel e Jacqueline. O objetivo é obter informações que permitam localizar o paradeiro das joias roubadas da idosa, que é viúva de um dos maiores colecionadores e negociadores de obras de arte do país. A vítima sofreu um prejuízo de aproximadamente R$ 725 milhões e também teve quadros e dinheiro roubados.
Com a quebra de sigilo, os peritos poderão analisar todos os contatos existentes nos aparelhos; fotografias registradas; ligações recebidas e efetuadas nos últimos dois anos; e os registros de voz e de mensagens escritas, inclusive as de Whatsapp. Além disso, a magistrada também decretou sequestro dos bens de Rosa. Ao todo, são 11 imóveis com valores variando entre R$ 500 mil e R$ 2 milhões, nos bairros de Ipanema, Leblon, Botafogo, Gávea, Jardim Botânico, Lagoa, na Zona Sul do Rio, e um na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
O sequestro também se estendeu a um veículo do modelo Porsche Cayman 2011, avaliado em mais de R$ 100 mil, que estava em posse do filho da mulher, Pedro Stanesco. "No caso em apreciação constato haver fortes indícios da prática de ilícito penal, portanto, a medida de sequestro se faz adequada e necessária para assegurar a reparação do dano decorrente da suposta infração penal", decidiu a juíza.
Na última sexta-feira (2), a Polícia Civil indiciou Sabine e os outros cinco envolvidos no golpe por cárcere privado, associação criminosa, estelionato, roubo e extorsão. Diferente dos demais, que acabaram presos na operação Sol Poente, Diana e Slavko foram encontrados no último dia 16, em Saquarema, na Região dos Lagos.
Em uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) do último dia 22, o pedido de habeas para Sabine, Gabriel e Rosa foi negado. A defesa havia requerido que as prisões de Sabine e Gabriel fossem revogadas e que Rosa cumprisse prisão domiciliar, alegando que houve constrangimento ilegal por conta da ausência de "requisitos para a prisão temporária decreta". Entretanto, o ministro Jesuíno Rissato entendeu que a medida foi baseada em "detalhada exposição" de elementos e os manteve presos.
Relembre o caso
No dia 10 de agosto, a Polícia Civil realizou a operação Sol Poente para prender integrantes de uma quadrilha que se apresentaram como videntes e roubaram da idosa cerca de R$ 725 milhões entre obras de artes, joias e dinheiro. A operação ocorreu após a vítima, de 82 anos, viúva de um colecionar e negociador de obras de arte, ter sido enganada pelo grupo que ofereceu tratamento espiritual para sua filha Sabine, em troca de vultuosos pagamentos.
Ao desconfiar que fosse um golpe, a idosa não quis mais pagar os altos valores exigidos e passou a ser mantida em cárcere privado, em seu apartamento na Zona Sul, entre fevereiro de 2020 e abril de 2021, pela própria filha. Durante o cárcere, a vítima era agredida por Sabine, privada de comida e até chegou a ter uma faca colocada em seu pescoço para realizar a transferência de dinheiro. A viúva descobriu, então, que todo o golpe havia sido articulado pela própria filha, que também passou a vender as obras de arte para uma galeria em São Paulo.
Entre as obras levadas para a venda estavam 'O Sono', de Tarsila do Amaral; 'O menino', de Alberto Guignard; 'Mascaradas', de Di Cavalcanti; 'Maquete para o meu espelho'; de Antônio Dias; e 'Elevador Social'; de Rubens Gerchman. A investigação, realizada pela Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (DEAPTI), intimou o responsável pela galeria em São Paulo, que devolveu os quadros que não haviam sido vendidos, o que fez a idosa reaver cerca de 40% do valor desviado.
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