Casa onde a mulher e os dois jovens foram resgatados pela PM é pequena e estava cheia de lixo e fezesDivulgação
Acusado de manter a família em cárcere privado por 17 anos passa por última audiência
Luiz Antônio Santos Silva responde por maus tratos, violência doméstica, tortura, vias de fato, sequestro e cárcere privado
Rio - A última audiência de instrução e julgamento de Luiz Antônio Santos Silva, de 49 anos, aconteceu na tarde desta sexta-feira (3), no Fórum Regional da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Em julho do ano passado, o acusado foi preso por manter a mulher e dois filhos em cárcere privado por 17 anos em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio.
Durante a audiência, a defesa de Luiz Antônio, composta pelo advogado Michel Vinagre, requereu um incidente de insanidade mental, que ainda será apreciado pela juíza Cintia Souto Machado de Andrade Guedes, do VII Juizado de Violência Doméstica do Rio. Após esse procedimento, serão realizadas as alegações finais e a sentença, que ainda não têm previsão para acontecer.
O acusado responde por maus tratos, violência doméstica, tortura, vias de fato, sequestro e cárcere privado. No fim de julho, a sua família foi resgatada em situação de desnutrição e desidratação grave. Após uma denúncia anônima, policiais do 27º BPM (Santa Cruz) foram à residência de Luiz Antônio, na Rua Leonel Rocha, e libertaram a mulher e dois filhos autistas, de 20 e 22 anos.
De acordo com os agentes, as vítimas estavam amarradas, sujas e subnutridas em um local completamente insalubre. Durante o resgate, a mulher afirmou que ela e os filhos eram frequentemente agredidos com fios e pedaços de madeira. Ela também disse aos policiais que os jovens nunca tinham visto a luz do dia. Os três foram atendidos no Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande.
*Matéria do estagiário Fred Vidal, sob supervisão de Thiago Antunes
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