Caso também será investigado pelo Ministério da Justiça e pela Polícia Federal (PF)Daniel Castelo Branco
MPRJ nomeia novos integrantes da força-tarefa do caso Marielle Franco
Orientação do chefe do órgão é dar prioridade ao caso, que agora dispõe do auxílio do Ministério da Justiça e da Polícia Federal (PF)
Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), através do procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, nomeou os novos integrantes da força-tarefa que acompanharão as investigações sobre os mandantes das mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes. A equipe será composta pelos promotores de Justiça Eduardo Morais Martins, Paulo Rabha de Mattos, Patrícia Costa Santos, Glaucia Rodrigues Torres de Oliveira Mello, Pedro Eularino Teixeira Simão, Mario Jessen Lavareda e Tatiana Kaziris de Lima Augusto Pereira.
A orientação do chefe do MP do Rio é dar prioridade ao caso, que agora dispõe do auxílio do Ministério da Justiça e da Polícia Federal (PF).
No mês passado, o ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino determinou a instauração de um novo inquérito da Polícia Federal (PF) para investigar as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes, ocorridas em 2018. Com a decisão, as apurações dos assassinatos da vereadora do Rio de Janeiro e do motorista que conduzia o carro no momento do crime são ampliadas e têm contribuição a nível nacional.
Em portaria do Setor de Inteligência da Polícia Federal do Rio de Janeiro, Dino afirmou que "considerando que a norma contida no artigo 144 indica que é atribuição desta Polícia Federal apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União [...], assim como infrações cujas práticas tenham repercussão interestadual ou internacional [...], resolve Instaurar Inquérito Policial para apurar todas as circunstâncias que envolveram a prática do crime previsto no artigo 122".
Em 2 de janeiro, quando tomou posse, Dino já havia sinalizado em seu discurso que atuaria para desvendar o assassinato da parlamentar do Psol e do motorista. "Nós saberemos quem matou e quem mandou matar Marielle Franco", afirmou o ministro à época.
O sargento da PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz foram presos em março de 2019 acusados de participação nos assassinatos e respondem por homicídio triplamente qualificado e também por tentativa de assassinato de uma assessora de Marielle, que estava no carro e sobreviveu. Ronnie Lessa foi apontado como o autor dos disparos, enquanto o militar da corporação expulso dirigia o Cobalt usado na perseguição e ataque.
As prisões, feitas pela Operação Lume, do Ministério Público e a Polícia Civil, ocorreram dois dias antes dos crimes completarem um ano.
Em janeiro de 2019, O DIA publicou que os dois homens eram servidores da ativa e excluídos ligados à Segurança Pública do Rio e também ao chamado Escritório do Crime. Ronnie foi preso em casa, em um condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, onde o presidente Jair Bolsonaro morava antes de se tornar presidente e se mudar para Brasília. O ex-PM Elcio Vieira de Queiroz também foi capturado em sua residência, no Engenho de Dentro, na Zona Norte.
Nas redes sociais, uma foto mostra Queiroz ao lado do presidente.
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