Cris Silva, de 27 anos, prestou depoimento na 12ª DP (Copacabana)Pedro Ivo/ Agência O Dia
Rio - No dia que completa 27 anos de idade, a paciente que acusa o médico Martin Gomes de Souza Neto, 32, de abuso sexual se indigna com a decisão da Justiça em colocá-lo em liberdade. Cris Silva falou ao DIA sobre o medo de ficar vulnerável e não conseguir justiça. Ela alega que o fato da família de Martin ter dinheiro pode facilitar uma possível fuga e, talvez, vingança.
A mulher, que é influenciadora, denunciou no último dia 1º que foi abusada sexualmente durante a realização de um exame transvaginal em um clínica particular em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Em depoimento na 12ª DP (Copacabana), responsável por conduzir as investigações, Cris disse que o médico tocou suas partes íntimas sem consentimento quando ela fazia uma ultrassonografia transvaginal.
"No momento eu estou doente por causa de tudo isso. Hoje é meu aniversário e eu estou correndo atrás de psiquiatra em vez de estar comemorando meu dia. Minha vida virou de cabeça para baixo apenas por buscar justiça por um abuso que sofri. Eu estou com medo de buscar justiça no futuro, acho injusto soltarem um médico que abusou de tantas vítimas", diz a influenciadora, que afirma não ser a única paciente vítima de Martin.
Além deste processo, Martin também é investigado por importunação sexual por outra paciente, em 2020. Essa investigação está em andamento na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro.
Na semana passada, o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) havia convertido a prisão em flagrante em preventiva. No entanto, a defesa de Martin, também conhecido como Martinho, recorreu da decisão e conseguiu a revogação da prisão. Martin foi solto na quinta-feira (9) e vai aguardar o julgamento em liberdade.
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