O sequestro parou a Lapa: polícia cercou a área e iniciou as negociações (destaque) Fotos de Estefan Radovicz
De acordo com a decisão do desembargador Luiz Marcio Victor Alves Pereira, da 4ª Câmara Criminal do Rio, Danilo foi condenado a 4 anos, 11 meses e 15 dias de prisão, em regime semiaberto, por cárcere privado e mais 6 meses de detenção e ao pagamento de multa pelo crime de dano, em regime aberto, por dano qualificado.
Em sua decisão, o magistrado refutou a tentativa da defesa de amenizar as punições para Danilo alegando que ele não havia cometido o crime de cárcere privado.
"Inviável a pretensão defensiva à desclassificação do crime de cárcere privado qualificado para o delito de constrangimento ilegal, eis que verdadeiramente configurada a privação de liberdade das vítimas por considerável período de tempo, as quais somente foram libertadas após longa negociação com os agentes do Estado. Chama atenção, ainda, o fato de que o réu consumiu drogas no local, ingeriu bebida alcóolica, impingiu grave sofrimento moral aos lesados, quando ameaçou atear fogo no estabelecimento, e danificou bens, praticando, também, o atuar desvalorado do artigo 163 do Código Penal", informa um trecho da sentença do juiz.
Danilo invadiu o Bar da Preta, na Rua do Rezende, na Lapa, no dia 19 de novembro de 2019, portando uma faca, sete litros de gasolina, pregos e um coquetel molotov. Ele manteve as sete vítimas sob ameaça durante oito horas, das 14h20 até às 22h.
Em seus depoimentos, as vítimas contaram que Danilo ameaçava, a todo momento, atear fogo no local e dizia ser aquele o "Dia da Justiça". Uma das pessoas, inclusive, conta que ele invadiu o local e algemou a todos com lacres e jogou gasolina nas mesas do bar.
Dentre as vítimas estava a dona do estabelecimento, Lúcia Aparecida Ferreira Batista, de 64 anos, conhecida também como Preta. Ela foi liberada quatro horas após Danilo tomar as vítimas como refém. A operação de resgate das vítimas foi conduzida pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope), que negociou com o sequestrador.
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