Testemunhas contaram que Hallan Luis Silva Ramos, 7, ficava sozinho com irmãos de 8 e 4 anos para mãe sair com amigosReprodução

Rio - A Justiça rejeitou o pedido de prisão contra os pais e a avó do menino Hallan Luis Silva Ramos Ventura, 7 anos, que morreu após cair do quarto andar de prédio no Andaraí, Zona Norte do Rio. O indiciamento havia sido feito pela 20ª DP (Vila Isabel), que investigava o caso.

Com a negativa do mandado de prisão, decidida no último dia 10, a morte do menino volta a ser alvo de investigação da Polícia Civil. O caso aconteceu no último dia 26 de fevereiro, na Rua Dona Amélia, no Andaraí, Zona Norte, por volta das 11h, quando o menino e o irmão, um ano mais velho, estavam sozinhos em casa.

Segundo o juiz Marcello de Sá Baptista, responsável pela recusa do pedido de prisão, há outras crianças na família que podem ser impactadas ou ficar sem amparo por conta das prisões, justamente no momento da perda de um ente querido. 

Hallan teria sido deixado sozinho com o irmão de 8 anos, sem a presença de responsáveis. Segundo testemunhas ouvidas pela polícia, a situação acontecia com frequência, já que a mãe do menino costumava sair

Na ocasião em que o menino caiu, a mãe negou que tivesse os deixado sozinho. Em depoimento à polícia, ela disse que os filhos foram deixados com o sobrinho dela, identificado como Luiz Henrique, que é maior de idade. A mãe tinha saído, ainda durante a manhã daquele domingo, para fazer um passeio de barco.
Síndica confirma ausência
De acordo com o depoimento da síndica do condomínio, que considerava os meninos como netos, o irmão de Hallan contou que ele tentava passar do seu quarto para o da avó pela janela quando caiu do imóvel do quarto andar.

O menino vivia na residência com os irmãos, de 8 e 4 anos, a mãe, Jéssica Silva Ramos, a avó, Marise Alves da Silva, e o tio, Luís Felipe Silva Ramos.