Arthur dos Santos tinha 25 dias e morreu após dar entrada no Hospital ProntobabyReprodução / Rede Social

Rio - A Polícia Civil investiga a morte de Arthur Gonçalves dos Santos, de apenas 25 dias, nesta terça-feira (21) após dar entrada no Hospital Prontobaby do Méier, na Zona Norte. De acordo com familiares a criança foi levada, por precaução, em estado febril para unidade de saúde. A mãe do bebê, Andressa Gonçalves, diz que Arthur morreu por negligência.
Segundo a família, o menino estava com 37 graus de febre e foi levado ao Prontobaby. O primeiro exame no bebê constatou infeção urinária e, com o diagnóstico, a enfermeira responsável pelo atendimento decidiu aplicar duas medicações: uma na veia e um antibiótico no soro.
Em entrevista ao DIA, o pai do recém-nascido, Júlio Cezar dos Santos, afirmou que, após receber as medicações, o menino começou a apresentar sinais diferentes. "Nós temos vídeos de como ele estava bem antes dos medicamentos. Logo depois, o bebê começou a ficar roxinho e a enfermeira disse que era normal. A mãe viu que o batimento da criança estava ficando fraco e gritou pedindo uma médica", disse Júlio.
O Prontobaby do Méier decidiu pela transferência de Arthur para a unidade da Tijuca. De acordo com os pais, a ambulância demorou cerca de quatro horas para chegar. Arthur deu entrada no hospital por volta das 18h e, após cinco paradas cardíacas, morreu.
Em nota, o Prontobaby disse que a mortefoi causada por uma piora no quadro clínico da criança que acarretou em uma sepse neonatal e meningite. Segundo a unidade, com a idade do paciente, esse quadro "potencializava o risco de morte".
Segundo a Polícia Civil, "o caso foi registrado na 23ª DP (Méier) como homicídio culposo". Ainda de acordo com a instituição, os agentes solicitaram os boletins de atendimento médico e imagens de câmeras de segurança das unidades de saúde. Andressa prestará depoimento na próxima terça-feira (28) e as investigações estão em andamento.
Arthur Gonçalves dos Santos foi enterrado na tarde desta sexta-feira (24), no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju. 
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) disse ter tomado conhecimento do caso e está apurando os fatos.
*Reportagem do estagiário Leonardo Marchetti, sob supervisão de Thiago Antunes