Segundo a delegada Natália Patrão, titular da 134ª DP (Campos dos Goytacazes), onde o caso está sendo investigado, Diogo foi chamado para uma acareação junto com um interlocutor que teria sido contratado por ele para contratar os executores do crime. Nessa conversa, o homem confirmou o depoimento na delegacia. No entanto, Diogo permaneceu calado o tempo todo.
"Ele ficou em silêncio durante todas as perguntas. Ele não respondeu nenhuma pergunta. Foi feita uma acareação entre o Diogo e o interlocutor, ou seja, a pessoa que o Diogo supostamente teria contratado para contratar os executores. Esse interlocutor permaneceu com toda versão que deu na delegacia. Os depoimentos na delegacia estavam desarmônicos entre si. O suspeito afirmando isso e o Diogo negando", contou a delegada.
Letycia, de 31 anos, grávida de oito meses, foi assassinada a tiros na noite do dia 2 em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, depois de chegar do trabalho por volta das 21h30. Ela conversava com a mãe, em frente ao portão de casa, quando foi surpreendida por dois criminosos em uma moto. Os médicos conseguiram realizar o parto e o bebê nasceu, mas ele também não resistiu horas depois.
Imagens gravadas pelo sistema de segurança de uma casa vizinha mostram dois homens, ambos de capacete e blusa de frio, se aproximando do carro e disparando cinco vezes contra a engenheira, que foi atingida na face, duas vezes no tórax, no ombro e na mão esquerda.
No momento em que os bandidos estavam fugindo, a mãe da vítima tentou segurar um dos criminosos, chegando a se atracar com ele, e acabou sendo atingida na perna esquerda. Letycia foi levada para o Hospital Municipal Ferreira Machado, no Centro, mas não resistiu aos ferimentos.
Os médicos conseguiram realizar o parto do bebê, que foi encaminhado em estado grave ao Hospital da Sociedade Portuguesa de Beneficiência de Campos. A mãe da gestante recebeu atendimento, realizou exames e já teve alta.
O recém-nascido, que veio ao mundo com 30 semanas de gestação e pesando 1.725kg, foi transferido em estado crítico para a UTI Neo Natal "em anóxia severa, constatando o velamento do pulmão esquerdo, insuficiência respiratória, distúrbio de perfusão e bradicardia", segundo a unidade.
Ainda de acordo com o hospital, foram realizadas todas as manobras necessárias para salvá-lo, porém o bebê não resistiu e teve a morte confirmada às 8h do dia 3.
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