Wilson Moisés era casado com Shayene Cesário, musa da PortelaRedes sociais

Rio - "Meu maior desejo é que tudo seja desvendado", desabafa Shayene Cesário, viúva de Wilson Vieira Alves, o Moisés, ex-presidente da Vila Isabel, depois de um pouco mais de seis meses do crime.

Moisés foi morto a tiros no dia 25 de setembro do ano passado, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, enquanto estava indo, com a mulher, para um evento na quadra da Portela.

Na época, a Polícia Civil traçou três linhas de investigação, sendo a primeira a disputa por pontos de caça-níqueis, a segunda por envolvimento com a milícia, e a terceira hipótese seria de crime passional.

De acordo com Shayene, a família não vem sendo informada sobre o andamento das investigações, mas já é de conhecimento que provas significativas foram apuradas. "Acredito que no momento certo, elas serão reveladas", disse a viúva. 
Além disso, Cesário revelou ter sido ameaçada e teme pela sua vida e de sua filha após a morte do marido. Segundo ela, depois do crime, a família chegou a ter sua segurança afetada.

"No dia do meu depoimento oficial na Delegacia de Homicídios, o drone retornou a minha residência e foi encontrado um localizador no meu carro. Conforme já divulgado na imprensa, ameaça no telefone da minha filha que foi bugado", assumiu.

Em entrevista ao DIA, a viúva ainda disse ter conhecimento sobre existir um mandante para o crime, mas não sabe quem seria. "Acho que o mandante sempre se incomodou com a vida e história de vitória e liderança do meu marido", afirmou.

Segundo Shayene, a bala que matou o marido ficou alojada, de acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), no crânio de Moisés.
A mulher ainda contou que a família ainda anseia por justiça pela vida do ex-presidente da Azul e Branca: "Meu desejo é que mandante seja exposto e pague na justiça divina e dos homens toda maldade que fez".

Para a família, a rotina pós morte de Moisés tem sido complicada, mas Shayene revelou que tem lutado para manter a filha do casal bem. "Tenho levado minha filha a psicóloga para amenizar o trauma da violência presenciada por nós. Sempre desconfio de tudo e de todos e tenho tentado superar a dor do luto buscando apoio na família".

Musa da Portela há anos, Shayene ainda contou que ter desfilado no carnaval foi como um refúgio dos problemas e que pretende continuar no meio do samba: "Eu desfilei no carnaval e foi um grande refúgio para mim. Recebi um imenso carinho da família portelense que me ajudou no processo de luto amenizar a minha dor. Tenho certeza que ele ficou feliz pois sempre me apoiou e foi no carnaval que nos conhecemos".

A Polícia Civil foi acionada para esclarecimentos sobre a situação atual das investigações, mas não respondeu aos questionamentos até a publicação desta reportagem.