Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (Fierj) denuncia à Decradi apologia ao nazismo na PUC-RioDivulgação / Polícia Civil

Mais artigos de O Dia
O Dia
Rio – A Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (Fierj) registrou, nesta quinta-feira (30), uma ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), para que investigue um caso de apologia ao nazismo na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Em ofício à Polícia Civil, a federação esclareceu que soube do desenho de uma suástica feito a giz no quadro de uma sala de aula utilizada pelo Departamento de Psicologia e Neurociências, nesta quarta (29), por meio de uma denúncia anônima. 
"Tomamos conhecimento de que uma sala de aula da PUC amanheceu com suásticas desenhadas com giz no quadro negro. Ocorre que esse assunto tem proporções maiores do que um simples desenho em sala de aula. Por isso, nos manifestamos à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) e registramos a ocorrência. Temos interesse e queremos acompanhar as investigações. Colocamos a Fierj à disposição das autoridades, tanto quanto possível, para colaborar em esclarecimentos e responsabilizações dos envolvidos em mais este lamentável episódio que agride a comunidade judaica e todos aqueles que são alvos de nazistas", disse Alberto David Klein, presidente da Fierj.
"Não podemos esmorecer no combate às células de grupos neonazistas no Brasil e o caso não pode ficar apenas em âmbito interno da universidade. Ele deve ser apurado pelas autoridades policiais", completou Klein.
"Infelizmente, nas nossas escolas temos assistido a um grave aumento de violência de cunho racista, baseado em ideias nazistas, e isso evidencia que precisa haver mais atenção das autoridades policiais na repressão e, paralelamente, um trabalho de educação antirracista, de valorização do respeito entre as pessoas e da cultura da paz voltado aos nossos jovens", finalizou o presidente da Fierj.
Em nota, a PUC-Rio informou que "reafirma seu compromisso de enfrentamento a qualquer tipo de discriminação. Neste sentido, uma comissão especial foi imediatamente instituída para apurar os fatos e tomar as providências cabíveis no âmbito da lei". Procurada, a Polícia Civil ainda não se pronunciou sobre o caso.