Bepe prendeu dois cambistas e apreendeu 84 vouchers, totalizando R$ 54 mil, antes de jogo no MaracanãDivulgação/Polícia Militar

Rio - A Polícia Militar prendeu 17 integrantes de torcidas organizadas, dois cambistas e interceptou 12 pessoas com ingressos falsos e mandados de prisão em aberto, antes do primeiro jogo entre Flamengo e Fluminense pela final do Campeonato Carioca de 2023, no estádio do Maracanã, na Zona Norte do Rio. O esquema de segurança para a partida, que aconteceu neste sábado (1º), contou com a atuação de 750 policiais militares.
De acordo com a PM, aproximadamente uma hora antes do jogo, equipes do Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (Bepe) prenderam 17 integrantes de torcidas organizadas, que tinham ordem judicial de afastamento dos estádios contra eles, na região da Praça da Bandeira, a menos de dois quilômetros do Maracanã. O grupo foi encaminhado ao Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos (JETGE).
No último dia 5 de março, integrantes de torcidas organizadas protagonizaram cenas de violência no entorno do estádio, antes do clássico entre Vasco e Flamengo,  também pelo Campeonato Carioca. Na ocasião, sete pessoas ficaram feridas. Uma delas, Éder dos Santos Eliasar, 38, morreu no último dia 21, após 15 dias internado. Já Carlos Henrique Ferreira da Silva, 34, permanece em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar, após sofrer traumatismo craniano. Na unidade, há também um homem com quadro estável.
Após a confusão, o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) definiu a suspensão de três torcidas organizadas dos locais em que se realizem eventos esportivos em qualquer parte do território nacional, sendo elas a Raça Rubro-Negra, a Torcida Jovem do Flamengo e a Força Jovem do Vasco. Ainda foram expedidos mandados de prisão contra seus presidentes, Anderson Clemente da Silva, Bruno da Silva Paulino e Fabiano de Sousa Marques, respectivamente. O trio está foragido, bem como Anderson Azevedo Dias, presidente da Young Flu.
Além dos torcedores presos neste sábado, outras 12 pessoas foram interceptadas depois do alerta do sistema eletrônico de inteligência em funcionamento nos acessos ao estádio. Entre elas, oito foram impedidas de entrar para assistir à partida por estarem com ingressos em nome de terceiros e quatro tinham mandados de prisão em aberto.
Ainda na tarde de ontem, o Bepe prendeu dois homens e apreenderam 84 vouchers, totalizando R$ 54 mil, na Rua Professor Eurico Rabelo, próximo do setor Sul do Maracanã, em uma ação de inteligência para coibir a prática de cambismo. Com eles, os policiais militares também apreenderam aparelhos celulares e cartões bancários. A ocorrência foi encaminhada ao JETGE.
Briga entre torcedores do Fluminense deixa um morto e outro ferido
Na noite de sábado, após o primeiro jogo entre o Flamengo e o Fluminense pela final do Campeonato Carioca, no Maracanã, um inspetor penitenciário matou um homem a tiros e deixou outro ferido, durante uma briga motivada por futebol, em um bar da Tijuca, na Zona Norte. O trio era torcedor do tricolor carioca e estava, aparentemente, alcoolizado. O estabelecimento, na Rua Isidro de Figueiredo, estava cheio quando Marcelo de Lima atirou, matando Thiago Leonel Fernandes da Motta, 40, no local.
Já Bruno Tonini Moura, 38, foi socorrido com vida para o Hospital Badim, no Maracanã. O crime é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital. O agente da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), que não estava em serviço, foi preso em flagrante e teve a arma apreendida. A pasta repudiou a ação do servidor e informou que será aberto um Procedimento Disciplinar Administrativo contra Marcelo, em paralelo às investigações da Polícia Civil.