Rio - A Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) recebeu, nesta terça-feira (4), um grupo de representantes da concessionária Rio+ Saneamento para debater os problemas sobre a prestação de serviço da empresa. Promovida pela Comissão de Saneamento Ambiental, a reunião tinha como objetivo ouvir as explicações dos responsáveis para as queixas de falta d'água e também de tratamento de esgoto em áreas atendidas pela empresa.
Durante o encontro, foram apontados problemas no município de Pinheiral e em diversos bairros da Zona Oeste do Rio, que integram o bloco assumido pela empresa, em agosto de 2022, após o leilão da Cedae. Ao todo, a concessionária atende a 18 municípios em todo o estado. A empresa foi a terceira ouvida na Alerj sobre o tema.
Presidente da comissão, o deputado Jari Oliveira (PSB), aponta para a necessidade de que todas as concessionárias apresentem soluções para o problema da falta d'água nas regiões afetadas até a data da audiência pública, marcada para o próximo dia 12.
"A gente precisa buscar melhorias. Cobramos do presidente da Rio+ Saneamento a apresentação de uma solução para que a população de Pinheiral e da Zona Oeste não tenha mais falta de água", reforçou.
Sobre o desabastecimento de água na cidade de Pinheiral, na Região do Médio Vale do Paraíba, o presidente da concessionária, Leonardo Righetto, justificou que o problema vinha sendo causado pelas falhas no fornecimento de energia da região. O gestor, contudo, prometeu que a empresa já toma medidas para resolver a falha.
"Estamos reformando um reservatório de um milhão de litros que vai resolver de forma definitiva o problema de abastecimento no município”, comentou o presidente, que também lembrou dos investimentos previstos para o bloco.
Segundo o presidente da concessionária, serão injetados R$ 1 bilhão na região do Bloco 3. Na área da Zona Oeste, serão R$ 255 milhões em investimentos. No entanto, o plano ainda precisa ser aprovado pela Agencia Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa).
Zona Oeste
Uma das interessadas na solução do problema de falta d'água na Zona Oeste, a coordenadora-geral da unidade campus Santa Cruz, Eliane Pacheco, disse que nunca presenciou tantos problemas de desabastecimento. O problema, inclusive, provocou a suspensão temporária das aulas no turno da manhã e da tarde.
"Desde o carnaval, nós estamos com o abastecimento de água muito reduzido. São dias ou madrugadas sem entrar uma gota d’água no reservatório. Nós temos em média 1.100 alunos e servimos uma refeição completa para esses estudantes. E, quando não temos água, nós não temos aula nem comida para os alunos e servidores", lamentou.
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