Berg Coringa passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, no fim da manhã. Ele é investigado por homicídios, tráfico e outros crimes no Rio Grande do NorteMarcos Porto/Agência O Dia

Rio - Apontado como um dos chefes da facção Sindicato do RN (Rio Grande do Norte), Luiz Andemberg Virgílio Ferreira, o Berg Coringa, foi transferido, no início da tarde desta quinta-feira (6), para seu estado de origem. O criminoso passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), ainda no fim desta manhã, e, logo na sequência, foi conduzido ao aeroporto do Galeão de onde partiu para o Rio Grande do Norte. 
De acordo com o delegado adjunto, Luciano Augusto, titular da Delegacia de Investigação e Combate ao Crime Organizado do Rio Grande do Norte (DEICOR), Berg é um dos bandidos mais influentes da organização criminosa ao qual faz parte. Inclusive, teria partido dele a ordem para vários ataques contra grupos rivais na cidade de Parnamirim, onde ele é apontado como líder. 
"Ele fazia a gestão e o financiamento, ordens, para que os ataques ocorressem. A partir daí, tentamos localizá-lo para prender tendo em vista que ele já tem mandado de prisão contra o seu nome, sentença condenatória por homicídio e diversos outros crimes", explicou o titular da pasta, em entrevista ao DIA, nesta quarta-feira (5), quando o criminoso foi preso. 
Berg Coringa estava escondido em um imóvel nas imediações de comunidades no Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio. O delegado acredita que a localização era justamente para evitar a prisão. Ao vir para a capital fluminense, o criminoso adotou o nome falso de Leandro Gabriel. "Ele veio para o Rio de Janeiro em outubro do ano passado, depois de fugir de dois cercos nossos no Rio Grande do Norte. Viu que o cerco estava se apertando e resolveu vir para cá", comentou. 
O líder foi mais um dos criminosos de outros estados presos no Rio nas últimas semanas. A Polícia Civil, em ação coordenada com outros estados, realizou, pelo menos, cinco operações para localizar alvos que migraram para comunidades no território Fluminense.
No último dia 23 de março, uma uma ação para localizar suspeitos de integrar o Comando Vermelho do Pará resultou na morte de 13 suspeitos, incluindo Leonardo Costa Araújo, também conhecido como Leo 41. Ele era apontado como chefe da facção no estado do Norte. Além dele, outros seis criminosos mortos na ação também haviam migrado para o Rio. 
Também apontada como chefe do tráfico no Rio Grande do Norte, a criminosa Andreza Cristina Lima Leitão, 31, conhecida como Bibi Perigosa, foi presa na última domingo (2), após ação coordenada da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). A suspeita seria uma das maiores lideranças na hierarquia do crime potiguar. Ela também é responsável por ataques que aconteceram no estado do Norte. 
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