Leo 41 foi um dos mortos na operação realizada nesta quinta-feira (23) no Complexo do Salgueiro, em São GonçaloReprodução

Rio - O criminoso Leonardo Costa Araújo, também conhecido como Leo 41, morto na operação realizada pelas polícias Civil e Militar no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, era suspeito de ser o mandante de diversos atentados contra agentes de segurança do estado do Pará, onde ele liderava a facção Comando Vermelho (CV).
Leo estava foragido do sistema penal paraense desde 2019. Ele havia sido autuado por crimes de furto qualificado, roubo simples, roubo majorado, latrocínio, porte ilegal de arma de fogo, associação criminosa, entre outros.
Segundo as investigações, Leo 41 assumiu a liderança do CV no Pará após a prisão de Cláudio Augusto da Silva Andrade, o 'Claudinho do Buraco Fundo', em 2020. No Rio, a quadrilha comandada por Leo é apontada por comandar a guerra que espalha medo na Zona Oeste nos últimos meses.
A investigação identificou que o criminoso vinha coordenando um plano de expansão da organização através de ações criminosas como o tráfico de drogas, roubo, extorsão e sequestro. Assim, o grupo conseguia reunir dinheiro para a compra de armas e munições. Leo estaria vivendo uma vida de luxo no Rio de Janeiro com toda a renda adquirida no crime patrocinada por seus comandados.
A operação
Além de Leo, ao menos de 10 suspeitos morreram na ação desta quinta-feira (23) no Complexo do Salgueiro. Outras duas mulheres foram baleadas e encaminhadas ao Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), também em São Gonçalo. O estado de saúde delas é estável.
A operação segue em andamento na região com apoio de cinco blindados, dois helicópteros e 80 homens, entre membros do Bope, da PM, do Core da Polícia Civil, e ainda agentes da polícia do Pará, que também atuam na operação. Diversas armas como pistola, fuzis, espingarda, revólver e metralhadora foram apreendidas.
Crianças se protegem de tiros
Imagens que circulam nas redes sociais mostram diversos alunos de uma escola da rede municipal de educação de São Gonçalo abaixados para se proteger dos tiros. De acordo com a prefeitura da cidade, todas as escolas da região não funcionaram na tarde desta quinta-feira (23) por causa da operação.
"A decisão foi tomada prezando pela segurança de alunos e funcionários, para evitar a circulação de moradores e crianças no entorno durante um possível confronto", disse o órgão em nota.
Duas unidades de saúde também permaneceram fechadas durante o confronto.