Entregador Max Ângelo que foi agredido por ex-atleta Marcos Porto
Ato de resistência contra o racismo acontece na Rocinha
Coletivos negros e movimentos sociais se mobilizam contra o racismo e pedem prisão de ex-atleta que agrediu entregadores no Rio
Rio – Está marcado para esta quinta-feira (20), um ato de resistência organizado por mais de 80 coletivos negros e movimentos sociais do Rio de Janeiro, contra o racismo e cobrando a prisão de Sandra Mathias de Sá que, no último dia 9 de abril, agrediu covardemente os entregadores Max Ângelo e Viviane Maria.
A ação está marcada para às 17h, no metrô da Rocinha, Zona Sul. Antes do ato, às 14h, haverá um tuitaço com as hashtags #JustiçaparaVivianeeMax e #prisãoimediatadosracistas.
A mobilização do tuitaço nas redes tem o intuito de combater as formas de discriminação e prestar solidariedade com o caso das agressões sofridas pelos trabalhadores, com pedidos de justiça por Viviane e Max.
Relembre o caso
No dia 9 de abril, Sandra agrediu violentamente os entregadores em São Conrado, na zona sul. Em imagens divulgadas, ela disfere socos em Max e dá puxões fortes na camisa dele. Na cena mais chocante, a mulher deu chicotadas no trabalhador usando a guia de um cachorro. Em seguida, ele se esquiva e tenta se afastar. Depois, Sandra retornou e deu tapas e socos na entregadora Viviane Maria Souza.
A ex-atleta, em suas redes sociais, se apresenta como nutricionista e dona de uma escola de vôlei de praia no Leblon. Ela foi acusada de cometer injúria por preconceito e de lesão corporal.
No depoimento à polícia, Sandra disse ter sofrido preconceito de gênero e negou racismo. Max negou a versão da mulher e afirma que jamais seria homofóbico.
O caso foi registrado como lesão corporal e injúria simples. Segundo a delegada a frente do caso, ainda não há elementos suficientes para que seja caracterizado como injúria racial. Ela aguarda pelo menos mais três depoimentos para juntar mais elementos.
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