Rio - Os dois lutadores suspeitos de agredir um jovem de 18 anos durante o Carnaval em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, foram presos nesta quinta-feira (20). De acordo com o advogado dos atletas, Gustavo Rocca, os dois se entregaram espontaneamente à 35ª DP (Campo Grande) ao saberem da decisão judicial que determinou a prisão preventiva de ambos. A informação também foi confirmada pela Polícia Civil.
Segundo as investigações, Renato de Araújo Sardinha Filho, de 18 anos, aproveitava o último dia de Carnaval no Bloco da Geriatria, na Rua Professor Gonçalves, quando foi agredido por Luís Alberto Ribeiro Nogueira, conhecido como Betão, e Paulo Nogueira, vulgo PL, pai e filho. Os agressores são donos de uma academia de ginástica e lutadores profissionais.
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Ainda conforme a defesa da dupla, um pedido de liberdade provisória foi enviado ao judiciário e segue em análise. Segundo Rocca, os "envolvidos nos fatos não têm mais interesse no prosseguimento do processo, pois descobriram amigos em comum e se desculparam mutuamente pelo ocorrido, podendo Paulo e Betão responderem o processo e demais determinações judiciais em liberdade".
Relembre o caso
Renato foi socorrido por sua mãe, Aline Cristina Bastos de Siqueira, 43, que o encontrou desacordado e muito machucado e o levou para o Hospital Municipal Rocha Faria. Na época, o delegado titular da 35ª DP (Campo Grande), Vilson de Almeida, informou que Renato passou por exames que constataram traumatismo craniano e um edema com sangramento interno na face.
Testemunhas informaram à polícia que o jovem estava no evento quando um grupo de homens, em que estavam os lutadores, passou por ele esbarrando e provocando. Ao sofrer uma trombada, ele saiu da frente e pediu desculpas, mas foi neste momento que Luis Alberto voltou.
Ainda segundo o delegado, o lutador olhou para Renato e o questionou: "Quer ver eu te dar uma p... na cara?", e deu um soco no rosto do jovem, que caiu no chão. Mesmo caído, pai e filho continuaram as agressões, com mais socos e chutes, mesmo após a vítima estar desacordada.
O caso foi denunciado pelo Ministério Público como tentativa de homicídio.
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