Aline Araújo, ambulante há 20 anos, e Maria de Lourdes, conhecida como Maria dos Camelôs, atual líder do movimento dos camelôs, acorrentadas aos portões da CâmaraCléber Mendes/Agência O Dia
"Queremos chamar a atenção do prefeito para que ele cumpra a promessa de campanha. Ele prometeu que iria ter diálogo com os trabalhadores informais, prometeu que receberia nosso movimento. Nosso objetivo é ter essa oportunidade de fala e colocarmos nossas necessidades em pauta", disse Aline Araújo, de 36 anos, que trabalha como ambulante há mais de 20 anos.
Segundo a camelô, a atuação dos órgãos públicos é uma afronta aos trabalhadores autônomos que dependem da atuação nas ruas para levar seu sustento para casa. Aline conta que muitas vezes os profissionais atuando corretamente são constrangidos pelos agentes.
"A Guarda vem muitas vezes sem identificação e apreende a nossa mercadoria, mesmo que a gente tenha a nota. Isso para nós é um furto. Nós camelôs ralamos para comprar o material de trabalho e nessas situações, muitas vezes, nem conseguimos recuperar o que foi levado. Fora o constrangimento", disse a camelô, que ficou acorrentada ao portão da Câmara no início da tarde.
Durante o ato, os ambulantes colocaram faixas e camisetas com mensagens contra a atuação do poder público. Um bandeirão com os dizeres "SOS Camelô" e uma faixa com a mensagem "A comida dos meus filhos importa" foram colocados nas escadarias da Câmara.
Guarda municipal é flagrado agredindo ambulante no Arpoador, na Zona Sul do Rio, na noite desta quinta-feira (13).#ODia
— Jornal O Dia (@jornalodia) April 14, 2023
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Em outro caso, também na Zona Sul, uma vendedora ambulante, de 41 anos, foi agredida por agentes da guarda Municipal após uma abordagem na orla da Praia de Copacabana. A agressão foi filmada e compartilhada nas redes sociais.
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