Josilene Rita da Silva Souza, de 57 anos, e Pedro de Oliveira da Cruz, de 60, trabalham na roça plantando e vendendo mandiocas Arquivo Pessoal

Rio - Após o assassinato brutal de um casal em Itaguaí, na Região Metropolitana, familiares das vítimas seguem angustiados e sem respostas. O caso aconteceu na última terça-feira (09), por volta das 5h, no bairro Reta de Piranema. Josilene Rita da Silva Souza, de 57 anos, e Pedro de Oliveira da Cruz, de 60, foram mortos a facadas dentro de casa.
Segundo uma fonte, que preferiu não se identificar, ambos eram caseiros de uma chácara e trabalhavam plantando e vendendo mandiocas para moradores da região. No dia do crime, uma cliente teria ido até o local para fazer uma compra e não os encontrou. Após a mulher informar ao patrão do casal sobre a ausência dos dois, a advogada do homem foi ao local e encontrou marcas de sangue na casa.  
Com os rastros de violência na chácara, a advogada acionou uma equipe do 24º BPM (Queimados), que encontrou Josilene morta no quarto do casal e Pedro caído na chão do banheiro, ambos com marcas de facadas. As armas utilizadas no crime foram uma faca pequena, que acabou partida ao meio, e um facão. 
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHFB) foi acionada e realizou a perícia no local. De acordo com a Polícia Civil, a investigação está em andamento e agentes continuam a fazer diligências para esclarecer os fatos.
Por conta da violência dos golpes, as vítimas foram veladas com o caixão fechado, na última sexta-feira (12), no Cemitério de Ricardo de Albuquerque. "Isso mexeu de uma tal forma com a família que ficaram com medo até de ir no enterro, por não saber quem fez. Como você vai se você não sabe quem fez? A pessoa que fez aquilo poderia estar ali, no meio dos familiares no dia do enterro. Então, a maior parte dos parentes quase não foi. Todo mundo ficou arrasado porque você enterrar uma pessoa da sua família com o caixão fechado é duro. A violência foi tanta que a despedida se tornou impossível", disse uma pessoa conhecida da família. 
"A família só quer justiça. Eles formavam um casal evangélico, moravam sozinhos e não tinham filhos juntos porque se conheceram quando já tinham idade avançada. Ele sempre acordava e fazia café para ir trabalhar na roça, já ela ia alimentar as galinhas e pintinhos que tinha no quintal. Tem algo de muito errado nessa história", garantiu.