Na clínica de Yan Damasceno, foram apreendidos oito produtos estéticos vencidos Divulgação / PCERJ

Rio - Yan Damasceno, Natan Brandão e Ednaldo Cosme foram presos, nesta quarta-feira (24), acusados de participarem de uma associação criminosa especializada no tráfico de drogas sintéticas, entre elas a GHB, conhecida como "pílula do estupro". De acordo com a Polícia Civil, o grupo comercializava os entorpecentes em festas e também por aplicativos. 
A operação conjunta entre as Polícias Civis do Rio e de São Paulo aconteceu na Zona Sul carioca e na capital paulista, com o objetivo de cumprir sete mandados de busca e apreensão. 
O biomédico Yan Damasceno foi preso em flagrante, na sua clínica de estética em Ipanema, na Zona Sul, por tráfico de drogas e crime contra a saúde pública. No local, foram encontrados oito produtos vencidos, que eram utilizados em procedimentos estéticos. Os agentes também fizeram buscas na casa do biomédico e encontraram, além de maconha e material de endolação, a substância 1,4-Butanodiol, responsável por produzir as "pílulas do estupro".
Em São Paulo, os policiais acharam uma grande quantidade de metanfetamina e anabolizantes na casa do engenheiro civil Natan Brandão. O homem também foi preso por tráfico de drogas.
Já na casa do auxiliar de serviços gerais, Ednaldo Cosme, os agentes apreenderam cocaína, dinheiro em espécie e drogas sintéticas.
As drogas
Nas apreensões, a Polícia Civil carioca identificou a substância GBL e 1,4-Butanodiol, que, ao serem ingeridas, transformam-se na droga GHB - a "pílula do estupro -, que é capaz de diminuir drasticamente o sistema nervoso central. Estas substâncias provocam euforia, sedação e amnésia. 
No primeiro momento de análise dos entorpecentes, a perícia da Polícia Civil paulista não conseguiu determinar o tipo das substâncias encontradas e foi preciso utilizar técnicas mais aprofundadas para conclusão do laudo. Ainda não há uma informação concreta sobre o material que compõe as drogas.