Gabriel Monteiro na sessão que vota pela cassação ou não do mandato de vereador nesta quinta-feira (18)Sandro Vox/ Agência O Dia
A denúncia relata que o primeiro desacato aconteceu no dia 23 de outubro de 2019. Íbis, que é ex-comandante da PM, recebeu um telefonema em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) e, do outro lado da linha, Gabriel se identificou como um estudante que buscava tirar dúvidas sobre um trabalho acadêmico, tendo marcado um encontro com o coronel na frente da Casa Legislativa.
Ao chegar ao local, o agente deparou-se com o soldado filmando a cena junto com outras duas pessoas, perguntando ao coronel como ele possuía a capacidade de entrar em um local onde aconteceram conflitos armados com a morte de inúmeros policiais, sem que nada acontecesse com ele, referindo-se a uma visita de Íbis ao Complexo da Maré.
Em outras duas ocasiões, ocorridas em dezembro de 2019 e janeiro de 2020, Gabriel repetiu o mesmo modus operandi, abordando Íbis no interior da Alerj e no Fórum de Jacarepaguá. Neste último local, ainda de acordo com a denúncia, ele continuou a filmagem mesmo após proibido pelo magistrado titular do juízo, e proferiu contra o seu superior na corporação frases como: "Como o senhor consegue ter superpoderes, entrar no coração do Comando Vermelho, no meio de matadores de policiais e nada acontecer?".
Desta forma, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o ex-vereador, por três vezes, com base nos artigos 298 do Código Penal Militar, que prevê pena de reclusão de até quatro anos, e 147-A do Código Penal, com pena de reclusão de seis meses a dois anos.
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