Mãe da bebê, Jéssica Medeiros, de 19 anos, esteve no IML nesta terça-feira e negou que a filha tenha sofrido abusos sexuaisMarcos Porto/Agência O Dia

Rio - A declaração de óbito apontou que a bebê Raquelle Medeiros, de 1 ano e 10 meses, morreu por asfixia mecânica, após broncoaspirar o próprio vômito. A informação foi publicada pelo portal de notícias 'G1', nesta terça-feira (30). Inicialmente, a suspeita era de que a menina teria sofrido violência sexual, depois que a equipe médica que a atendeu encontrou hematomas e equimoses em seu corpo. A versão sobre o possível abuso foi negada pela mãe da criança. 
Segundo Jéssica Medeiros, a filha sofreu uma crise de bronquite e estava com dificuldades para respirar e falar. De acordo com o laudo preliminar, a bebê tentou vomitar, mas não conseguiu, e a secreção ficou alojada no pulmão, a matando sufocada. Raquelle foi levada pela mãe para a Unidade Pré-Hospitalr do Pilar (UPH) em parada cardiorrespiratória, na tarde desta segunda-feira (29), e os médicos chegaram a tentar reanimá-la, mas ela acabou morrendo. 
A mãe relatou que levou a criança primeiro para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Lote XV, em Belford Roxo, também na Baixada Fluminense, mas não havia pediatra e os profissionais teriam se negado a prestar atendimento. Ao voltar para casa, a menina teria tido uma parada cardiorrespiratória e o padrasto de Jéssica tentado reanimá-la, o que teria provocado os hematomas.
Preservativo aberto em lençol levantou suspeitas
Um preservativo aberto foi encontrado no lençol em que a menina estava enrolada ao ser levada ao hospital. No entanto, Jéssica disse que naquela manhã havia passado em posto de saúde para pegá-lo e que, ao sair novamente, as crianças que estavam na casa mexeram nele e esconderam nas cobertas, mas que ela não havia percebido.
Na entrada do IML, nesta terça-feira (30), Jéssica disse que não está em relacionamento amoroso e que mora com a mãe e o companheiro dela, além de três irmãs e um tio. Na ocasião, ela afirmou não acreditar que Raquelle tenha sofrido violência sexual, já que só ficava com o padrasto dela quando outras pessoas estavam por perto. "Só querem botar a culpa em mim. Eu, como mãe, jamais ia permitir que acontecesse uma coisa dessa com a minha filha, porque a minha filha era tudo para mim", disse a mãe da criança.
Além da mãe, o pai da menina também esteve no IML do município nesta terça-feira (30) para liberar o corpo da menina. Bastante abalado com a morte da filha, o pai não quis comentar sobre o caso neste primeiro momento. Não há informações sobre o local e horário do enterro da Raquelle.