Homem baleado em ataque a bar na Taquara está internado em estado grave
Angélica Marques dos Santos, de 52 anos, é a vítima fatal do ataque. Ela era moradora do Estácio
Mulher morre após serem baleadas na tarde deste Sábado (10), em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. A vítima estava em um bar, na Taquara, quando foi atingida por tiros. Familiares e amigos de Angélica Marques dos Santos, no IML. Neste Domingo (11). - Cléber Mendes/Agência O Dia
Mulher morre após serem baleadas na tarde deste Sábado (10), em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. A vítima estava em um bar, na Taquara, quando foi atingida por tiros. Familiares e amigos de Angélica Marques dos Santos, no IML. Neste Domingo (11). Cléber Mendes/Agência O Dia
Rio - Rosivaldo Silva Araújo, de 65 anos, baleado durante um ataque de traficantes contra um miliciano em um bar na Taquara, Zona Oeste, no sábado (10), está internado em estado grave. A vítima passou por cirurgia no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, no fim da tarde de sábado (10). O ataque deixou uma mulher morta e, além de Rosivaldo, outras duas pessoas feridas na Rua Jordão, número 519. O bar fica no Morro do Jordão, onde traficantes e milicianos disputam o controle do território.
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A mãe de santo Angélica Marques dos Santos, de 52 anos, é a vítima fatal do ataque. Ela era moradora do Estácio, na Zona Norte do Rio, e estava na Taquara para visitar a irmã. Segundo informações de familiares, ela teria parado no estabelecimento para tomar uma cerveja, quando traficantes armados tentaram executar um miliciano que estava no bar.
A família de Angélica compareceu ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar a liberação do corpo dela, neste domingo (11). Ainda não há informações do local e horário do sepultamento. Os outros dois baleados também foram socorridos para o Hospital Municipal Lourenço Jorge. Um deles recebeu atendimento e foi liberado. Não há informações sobre o estado de saúde do outro. Os nomes deles não foram divulgados.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga se um dos três baleados era o principal alvo dos traficantes. Diligências estão em andamento para esclarecer as circunstâncias do crime.
Policiamento reforçado após o ataque
A Polícia Militar informou, na manhã deste domingo (11), que o policiamento no Morro do Jordão, na Taquara, está reforçado e as equipes estão atentas às possíveis movimentações de criminosos. Na noite de sábado (10), o Grupamento Aéreo da Polícia Militar sobrevoou a comunidade para monitorar a situação na região.
Os moradores do Morro do Jordão, na Taquara, relatam que os confrontos passaram a ser frequentes desde a invasão de traficantes do Comando Vermelho (CV) na área dominada pela milícia. Em março deste ano, leitores do DIAprocuraram o jornal para denunciar a guerra entre as facções criminosas. Segundo a denúncia, desde o dia 27 de fevereiro deste ano, a milícia retomou a região, que tinha perdido para o tráfico. E agora, mais agressivos, eles resolveram aumentar e cobrar valores retroativos, atrasados, nesse período que eles estiveram fora.
Segundo os moradores, além das taxas de segurança ilegais, os milicianos passaram a saquear as lojas e pegar produtos sem pagar. "É aterrorizante, porque já nos obrigam a pagar a tal 'taxa de segurança', um dinheirão que às vezes a gente nem tem em caixa, e levam as coisas. Deixam a gente no prejuízo duas vezes", afirmou um comerciante na ocasião.
"É uma guerra que a gente não tem pra onde correr. Nenhum dos lados presta, eles se matam e fazem todo mundo de refém. É muito abandono, um desespero só. Só queremos socorro", disse um outro morador.
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