Familiares de Michele divulgaram um cartaz pedindo ajuda para localizar Breno Giovaneli, suspeito do feminicídioReprodução

Rio - O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) decretou a prisão de Breno França Giovaneli, suspeito de matar a cabeleireira Michele Rodrigues Cunha Fernandes nesta sexta-feira (9) em Oswaldo Cruz, na Zona Norte do Rio. A partir da decisão, o homem é considerado foragido e segue sendo procurado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), responsável pelas investigações.
O processo corre em segredo de Justiça por ainda estar na fase de inquérito policial. No entanto, após manifestações da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), o TJRJ expediu um mandado de prisão temporária contra o suspeito.
Nas redes sociais, Munique Cunha, irmã de Michele, comemorou a decisão da Justiça. Segundo ela, Breno tentou encobrir seu envolvimento no assassinato dizendo que a vítima cometeu suicídio. O feminicídio aconteceu de madrugada enquanto o filho de Michele dormia no quarto.
"É o assassino da minha irmã. Tirou a vida da minha irmã covardemente com um tiro na testa durante a madrugada enquanto o filho dela dormia no quarto. Esse ser humano desprezível ainda tentou dizer que o botijão de gás tinha estourado nela e depois disse que a própria tentou suicídio, hipótese que já foi descartada pela polícia. Breno fugiu do local do crime levando a arma que matou minha irmã. Breno está por aí à solta enquanto minha irmã não volta mais", desabafou.
Munique ainda aproveitou a postagem para dar um recado aos amigos e parentes do suspeito, que de acordo com a família de Michele, podem estar o escondendo.
Breno cometeu um homicídio, foi frio, mentiroso, sujo e calculista. Breno não é uma boa pessoa. Se você é amigo ou parente que está escondendo esse monstro, saiba que você está sendo cúmplice de um crime, de um feminicídio, da tristeza de uma mãe e da destruição de uma família", completou.
O corpo de Michele foi sepultado na tarde deste sábado (10) no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte do Rio. A mulher deixa um filho, de 8 anos, fruto do seu primeiro casamento.
As investigações seguem em andamento na DHC, que busca a localização do suspeito e apura a motivação do crime.