Obras estavam sendo realizadas às margens da Lagoa de JacarepaguáReprodução
As denúncias foram realizadas por moradores de um prédio vizinho ao empreendimento a Smac. Durante a vistoria, agentes da secretaria constataram que as obras estavam sendo realizadas sobre uma área alagada.
"“Após percorrer todo o terreno desde a área onde está sendo realizado rebaixamento do lençol freático até o limite com o condomínio Alphagreen Residence Club, junto à Lagoa de Jacarepaguá, foi verificado que o aterro está sendo executado/colocado sobre área alagada. A colocação do aterro é realizada após retirada do sedimento lamoso que fica sob a lâmina d'água da Lagoa de Jacarepaguá, observando que ocorre concomitantemente com a remoção da vegetação herbácea aquática", diz parte do documento da vistoria.
Na decisão, a juíza Marcia Cristina Cardoso de Barros, da 16ª Vara de Fazenda Pública da Comarca da Capital, estabeleceu que o projeto da obra e as licenças ambientais concedidas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e pela Secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (Smdeis) sejam revistas, sob pena de multa de R$ 100 mil.
O projeto do novo condomínio,, da construtora Gafisa, prevê a construção de quatro blocos com sete andares cada, totalizando 207 unidades de apartamentos. A construção ainda está na fase de terraplanagem e rebaixamento do lençol freático, e, para isso, é necessário aterrar parte da área alagada, incluindo a área verde.
A Smdeis e a Smac foram procuradas, mas não responderam aos questionamentos até a publicação desta matéria.
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