Delegacia de Homicídios da Capital investiga mortes no Recreio dos Bandeirantes Reginaldo Pimenta/Agência O Dia
Comunidade do Terreirão registra duas mortes em 24 horas
Homens foram mortos a tiros nas noites de terça (20) e quarta-feira (21). Relatos apontam que crimes têm relação com a guerra entre criminosos e milicianos
Rio - Um homem, não identificado, foi morto a tiros no Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, na noite desta quarta-feira (21). O crime aconteceu cerca de 24 horas após David Lucio Fidelis, de 25 anos, ter sido assassinado na mesma comunidade. De acordo com relatos nas redes sociais, os crimes estariam ligados à guerra entre traficantes e milicianos.
De acordo com a Polícia Militar, equipes do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) foram acionadas para uma ocorrência de homicídio na comunidade, onde encontraram o homem morto. A área foi isolada e a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) acionada. A especializada também realiza diligências para apurar a autoria e motivação da morte de David Lucio, na noite de terça-feira (21). Não há informações sobre o sepultamento das vítimas.
Recreio tem quatro mortes em um mês
Com as mortes dos dois homens em um intervalo de aproximadamente 24 horas, pelo menos quatro pessoas foram mortas no bairro somente no mês de junho. O primeiro caso aconteceu no último dia 6, quando o comerciante Cristiano de Souza, de 50 anos, foi executado na esquina da Rua Crispim Laranjeiras, por suspeitos que estavam em um veículo branco. Testemunhas afirmam que pelo menos 20 tiros foram disparados contra a vítima, que havia acabado de sair da academia acompanhado da mulher.
A DHC investiga se Cristiano, dono de uma tabacaria no Recreio, foi alvo de milicianos que atuam no bairro. Dois dias depois, o inspetor penal Bruno Kilier da Conceição Fernandes, de 35 anos, foi assassinado a tiros, na Estrada do Pontal, por dois suspeitos em carro da marca Fiat Mobi branco. Os homens teriam entrado no condomínio em que o agente morava, a pé, e ele tentou se esconder, mas acabou atingido e não resistiu aos ferimentos. Cápsulas de fuzil foram encontradas no local.
O inspetor ficou por 10 anos na Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e já ocupou o cargo de subdiretor do Presídio Elizabeth Sá Rego, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste. Atualmente, ele trabalhava na Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (Suderj). Ele buscava uma oportunidade fora do sistema penitenciário e apresentou seu currículo com experiências em projetos sociais voltados à área de esporte e lazer. Formado em Engenharia de Produção, Bruno estava em processo de integração à equipe.
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