Lago artificial reformado na mansão de Neymar Jr. foi interditado após denúncias de crime ambiental Reprodução/ Prefeitura de Mangaratiba

Rio - O lago artificial interditado pela Secretaria de Meio Ambiente de Mangaratiba, na mansão de Neymar Jr., nesta quinta-feira (22), está entre as experiências que podem ser arrematadas no leilão do Instituto do jogador. O evento acontece na noite desta quinta-feira (22), em São Paulo, e conta com a presença do atleta e do seu pai, Neymar da Silva Santos, liberado pela Polícia Civil após receber voz de prisão por desacato à secretária de Meio Ambiente, Shayene Barreto.
O gigantesco espaço de lazer, construído no Condomínio Aero Rural, em Mangaratiba, na Costa Verde do Rio, passou por dez dias de reforma, sob a supervisão da empresa Gênesis Ecossistemas, empreendimento que tem sede em Holambra, interior de São Paulo.

A obra fez parte de uma espécie de 'reality show' criado pela própria empresa de implantação de lagos ornamentais em suas redes sociais. Nos vídeos, a Gênesis Ecossistemas exibiu todas as etapas da reforma do lago e também de uma piscina na propriedade luxuosa. Neymar e sua família também aparecem nas imagens comentando sobre a reforma. Veja o vídeo:

O lago, segundo os próprios envolvidos na obra, iria ser inaugurado na sexta-feira (23), e, no leilão do Instituto Neymar Jr. duas pessoas poderiam arrematar convites irem à abertura do espaço. No entanto, após a interdição do lago por suspeita de crime ambiental, o Instituto não informou se a experiência continuará na lista dos itens que irão a leilão.

De acordo com a Prefeitura de Mangaratiba, o processo de reforma do lago contou com desvio de curso de água e captação de água de rio sem autorização. Também foram identificados no terreno outros tipos de irregularidades, como: terraplanagem, escavação, movimentação de pedras e rochas sem autorização, e aplicação de areia de praia sem autorização ambiental.

Segundo a secretária Shayene Barreto, muitas irregularidades foram constatadas no local durante a ação conjunta, e em decorrência disso, a pasta decidiu interditar a área. De acordo com a equipe da Secretaria de Meio Ambiente, o próximo passo será fazer o parecer das irregularidades constatadas e emissão de multa, a qual, segundo estimativas e diante do dano ambiental causado, não será menor que R$ 5 milhões de reais.

A reportagem procurou a empresa Gênesis Ecossistemas, o Instituto Neymar e a assessoria do jogador, mas até o momento não obteve retorno nos contatos. O espaço está aberto para manifestação.