Aterro sanitário de Teresópolis interditado pelo Inea Divulgação
Lixão de Teresópolis que pegou fogo havia sido interditado pelo Inea
Local foi embargado há cinco anos devido às condições operacionais pelo órgão ambiental
Rio - O Lixão do Fischer, em Teresópolis, na Região Serrana, funcionava sem condições de receber os resíduos do município, já que havia sido embargado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) desde 2018. Porém, uma decisão judicial autorizava o depósito de material no local. Nesta segunda-feira (26), um incêndio que encobriu a região de fumaça, trouxe à tona as condições do local.
A Prefeitura de Teresópolis informou, em comunicado, que investiga o caso e que há indícios de ter sido um incêndio criminoso. Ainda comunicou que medidas estão em andamento para resolver a situação como a suspensão do despejo de lixo no local e, para isto, busca um acordo com a Justiça e o Governo do Estado para que o transbordo seja realizado já que não consegue arcar com os custos. Outra providência foi a conclusão da proposta de construção de uma usina de processamento do lixo coletado no Município, bem como do material alocado no aterro, agregando ainda geração energética neste processo.
O Inea informou, por meio de nota, que embargou o local devido às condições desfavoráveis da unidade, mas o aterro funciona baseado em uma decisão judicial posterior. O órgão ressaltou que a unidade recebe vistorias constantes realizadas por equipes no âmbito de suas competências, e também da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade. Informou também que as medidas de controle devem ser rotineiras, a fim de evitar situações de risco ambiental.
Órgãos ambientais e a Justiça do Rio vão avaliar a situação do lixão de Teresópolis em audiência pública marcada para o próximo mês. A sessão contará com a presença de representantes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e do município. A situação está sendo acompanhada pela 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Teresópolis.
De acordo com o MP, o município de Teresópolis e o Estado do Rio estão em tratativas para que o governo financie o transbordo dos resíduos sólidos a outro aterro sanitário fora da cidade como medida provisória até a que se defina uma solução definitiva para a disposição final do material.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.