Isabella Oliveira, de 19 anos, foi transferida pra casa de custódia em BenficaMarcos Porto/Agencia O Dia
Justiça mantém prisão de jovem suspeita de matar patrão com tiro no peito
Isabella da Silva Oliveira, de 19 anos, foi detida no domingo (2), no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, pelo homicídio de Lilson Braga
Rio - O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) manteve, em audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (6), a prisão temporária de Isabella da Silva Oliveira, de 19 anos, suspeita de assassinar o patrão com um tiro no peito em março deste ano.
A jovem foi presa no domingo (2) na comunidade Beira Rio, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, pelo homicídio de Lilson Braga, de 66 anos, para quem ela trabalhava como doméstica. O crime aconteceu no dia 29 de março dentro da casa do idoso em Pedra de Guaratiba, também na Zona Oeste.
De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), a suspeita se aproveitou do sono do patrão para pegar um revólver que o mesmo guardava numa gaveta e atirou contra o peito dele. O corpo do homem foi encontrado 40 dias depois pelo filho dentro da cisterna da residência.
As investigações ainda identificaram que Isabella pesquisou na internet informações sobre como realizar o assassinato. Os agentes apuraram que a jovem buscou termos como "tiro na posição sentada", "tiro no peito mata" e "treinando tiro".
Motivação
Inicialmente, Isabella disse à polícia que o crime havia sido motivado por um descontentamento com atitudes de Lilson. Porém, as investigações apontam que, na verdade, a motivação foi financeira e que o crime foi premeditado.
Semanas após a morte do idoso, a suspeita se passou pela vítima em mensagens de telefone e fez saques em três pontos diferentes com cartões de Lilson.
De acordo com a Polícia Civil, o total sacado por Isabella chegou a R$ 3 mil. Além disso, celulares e joias da vítima também foram levados.
Morte de idosa
Isabella também pode ter contribuído com a morte da mãe da vítima depois de ter dispensado sua cuidadora. A idosa, de 91 anos, morreu seis dias depois do homicídio do filho.
De acordo com as investigações da DHC, a suspeita se passou por Lilson para dispensar a cuidadora da mãe, que morava na casa da vítima. Para isso, ela utilizou o celular do patrão.
Lia Santos Renzo morreu após passar seis dias sozinha, sem assistência em termos de alimentação e cuidados médicos. A investigação acredita que Lia morreu em decorrência dessa falta de cuidado, que teria sido provocada por uma ação de Isabella.
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