Elaine LessaReprodução
Depoimento de mulher de Ronnie Lessa revelou mentira contada sobre dia da morte de Marielle
Elaine Lessa contou que estava sozinha em casa no dia do assassinato, tirando o álibi do marido
Rio - Elaine Lessa, mulher do ex-policial militar Ronnie Lessa, condenado por matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, afirmou, em depoimento realizado há dois meses, que estava sozinha em casa no dia do crime, tirando o álibi do marido. A informação foi divulgada pelo 'Jornal Nacional', da TV Globo.
Durante toda a investigação sobre o crime, Ronnie e o também ex-PM Élcio de Queiroz, que dirigiu o carro utilizado no dia do assassinato, alegaram que passaram o fim de tarde e o começo da noite do dia 14 de março de 2018 bebendo na casa de Lessa e só deixaram a residência para ir a um bar ver um jogo.
Contudo, o depoimento de Elaine, realizado há dois meses, desmente o álibi do marido. Ela contou aos policiais que ficou em casa naquele dia e que só saiu de lá para levar e buscar o filho no curso de inglês. Além dela, não tinha mais ninguém em casa e o marido só chegou próximo ao amanhecer.
As informações fizeram os policiais confrontarem Queiroz. O depoimento de Elaine foi um dos motivos que fizeram com que o ex-PM fechasse um acordo de delação premiada e confessasse que dirigiu o carro, além de afirmar que Ronnie Lessa matou Marielle e Anderson.
O outro motivo foi uma mentira contada pelo atirador que teria dito que não pesquisou nada sobre a vereadora na internet. Contudo, a investigação apontou que Lessa fez buscas em um site de crédito para obter dados do CPF de Marielle Franco e da filha da parlamentar e utilizou um buscador privado para conseguir o endereço da vítima. A informação foi confirmada por agentes do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Federal, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (24), na Superintendência da PF, na Praça Mauá.
A delação de Élcio ainda contribuiu para a prisão do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, acusado de participar do plano para o assassinato da vereadora e de uma tentativa frustrada de homicídio em 2017. O ex-militar foi transferido para a Penitenciária Federal de Brasília nesta terça-feira (25).
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