Animal fazia parte das 18 girafas trazidas da África em novembro de 2021Divulgação
Na época, os animais fugiram da área de adaptação onde estavam e chegaram a ser recapturados, mas acabaram morrendo.
Já em março desde ano, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou quatro pessoas envolvidas na importação das girafas, entre eles o gerente técnico e o diretor de operações do BioParque por maus-tratos contra as 18 girafas.
Em comunicado oficial, o BioParque lamentou o falecimento e informou os animais passam por exames preventivos e nos procedimentos de rotina, identificaram a presença de um parasita, Haemoncus sp, em seis deles. Uma das girafas apresentou resistência a um tratamento e não resistiu.
Confira o posicionamento na íntegra
Cinco animais responderam rapidamente ao tratamento.
Entenda o caso
Em 11 de novembro de 2021, as 18 girafas chegaram ao aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro, em um avião Boeing 747-200 cargueiro (Jumbo) fretado para trazê-las da África do Sul ao Brasil. O desembarque dos animais ocorreu no Terminal de Carga do aeroporto, sendo acompanhado por servidores do Ibama, da Receita Federal, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e de técnicos do próprio BioParque.
De acordo com a denúncia, a doença que levou os animais à morte decorreu do intenso sofrimento e extremo estresse. “As girafas, após serem retiradas da natureza, estavam em cubículos, chegando cada uma a ficar em um espaço de 10 m², situação de confinamento claustrofóbico” ao qual foram submetidas durante a fase de ambientação, sustenta o procurador da República Jaime Mitropoulos, na peça acusatória.
Instrução normativa do Ibama prevê que o espaço adequado para cada dois animais desse porte, provenientes de vida livre, é de 600 m², sendo que as baias do resort tinham pouco mais de 30 m². “Tanto as girafas que morreram quanto as sobreviventes não receberam condições de acolhimento minimamente dignas dispensadas pelos responsáveis por sua importação e manutenção em cativeiro”, conclui o MPF.
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