Wania Lucia Firmiano da Silva, de 47 anos, morreu neste domingo (9) depois de ficar duas semanas internadaReprodução

Rio - Wania Lucia Firmiano da Silva, de 47 anos, morta a tiros pelo marido, vai ser sepultada nesta terça-feira (11), às 15h30, no Cemitério Paroquial de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos. Ela estava internada há 15 dias no Hospital Estadual Roberto Chabo (Herc), após levar ser baleada e teve morte cerebral no domingo (9). O suboficial da Marinha Alexander Neves da Invenção, que atirou duas vezes na mulher, foi preso no último dia 24 de junho. A vítima foi levada ao Pronto Socorro dos Milagres, em estado grave e, posteriormente, encaminhada ao Hospital em Araruama, onde morreu.
"Minha irmã não merecia esse fim, ou melhor, nenhuma mulher", lamentou o irmão da vítima, Willer Firmiano.
Segundo familiares, o militar teria dito que "o tiro foi de advertência, pois ela não calava a boca".  Relatos indicam que Alexandre teria sacado a arma para atirar no enteado de 12 anos durante um desentendimento e Wania teria entrado na frente do filho para protegê-lo e foi atingida. O crime ocorreu no condomínio Cisne Branco, no bairro Fluminense.
De acordo com informações da Polícia Militar, os tiros chamaram a atenção de uma policial, vizinha do casal, que percebeu a situação, interveio, chamou os bombeiros e o 25º BPM (Cabo Frio). A vizinha teria conversado com suspeito e conseguido desarmá-lo. O caso é investigado pela 126ª DP (Cabo Frio).
Procurada pelo DIA, a Marinha do Brasil (MB), por intermédio do Comando do 1º Distrito Naval, informou que tomou conhecimento da ocorrência envolvendo o suboficial da reserva e lamenta o ocorrido, reiterando o repúdio a quaisquer atos ilegais que atentem contra a vida, a honra e os valores militares.