Luis Antônio Braga, o Zinho, é um dos chefes da milícia no Rio de JaneiroReprodução

Rio - O Ministério Público do Rio (MPRJ) denunciou o miliciano Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como 'Zinho', pelo homicídio de Anderson Cláudio Gonçalves e por outras duas tentativas de assassinato. Os crimes aconteceram em janeiro do ano passado, durante confrontos armados entre as milícias comandadas por 'Zinho' e Danilo Dias, o 'Pantera', por territórios em Seropédica, na Baixada Fluminense. O processo foi distribuído em junho e está com o juiz para a decisão.
De acordo com a denúncia, Anderson e um outro integrante da organização criminosa chefiada por Danilo Pantera foram surpreendidos por um ataque a tiros. Os dois foram baleados, assim como um morador que passava pelo local. Anderson não resistiu aos ferimentos e morreu.
O tiroteio aconteceu durante uma cobrança semanal de R$ 20 referente a uma "taxa de segurança" imposta pela milícia de Pantera a um morador e comerciante de Seropédica. 
As investigações apontam que o ataque foi orquestrado por integrantes da milícia de Zinho por motivos de vingança e afirmação de poder, com objetivo de que a taxa passasse a ser paga à organização criminosa do réu.
A denúncia afirma que o homicídio foi cometido por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa das vítimas, já que o ataque foi feito de maneira inesperada e com fuzil. Além disso, descreve que o crime foi praticado com emprego de arma de fogo de uso restrito, por milícia privada sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, em atividade de grupo de extermínio.