Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte do RioReginaldo Pimenta/Agência O Dia
"Até hoje não recebi férias e muito menos pagamento. Todos os funcionários estão nessa situação, inclusive os demitidos e aqueles que pediram demissão. Minhas contas vencendo, juros e mais juros e o pagamento até agora nada", disse um dos funcionários, que não quis se identificar.
O grupo comenta que há dificuldade em contatar o departamento pessoal da empresa, que informou que realizará o pagamento das férias apenas no retorno, enquanto o salário não há previsão.
Ainda de acordo com os funcionários, a IPCEP entrou no hospital em setembro de 2021 e, desde então, os atrasos têm sido constantes.
"Muitas pessoas têm medo de faltar para realizar greves, pois além da possível repressão, existe a necessidade de pagar as nossas contas. É difícil", comentou um dos responsáveis pela denúncia.
Assédio moral
Outro ponto da denúncia é o assédio moral praticado por coordenadores contra os técnicos de enfermagem. "Já escutamos que, quando sair o piso do salário da enfermagem, até chão vamos ter que limpar. Além disso, já ouvimos que se não estamos satisfeitos é só ir reclamar no RH e pedir demissão. Somos humilhados"
Os técnicos de enfermagem afirmam que os coordenadores alocam um número de pacientes para cada técnico superior ao permitido pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro. Já ocorreu de três funcionários serem responsáveis por mais de 20 pacientes, segundo a denúncia.
"Cumpro com as minhas obrigações e eles não. Estou cansado de ser oprimido", finaliza o técnico de enfermagem.
Procurado pelo O DIA, o Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro não respondeu até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para eventuais esclarecimentos.
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