Rio - Os moradores do Santa Rita, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, denunciam um possível caso de envenenamento de pelo menos sete gatos que vivem em rua da região. De acordo com as denúncias, os animais começaram a aparecer mortos no fim do mês de maio com sinais que sugeriam a ingestão de algum veneno. Os felinos viviam na Rua Jaci Ferreira e eram cuidados por moradores. O caso é investigado pela Polícia Civil.
O militar da reserva Alexandre Oliveira, de 56 anos, tutor de um dos gatos mortos com indício de envenenamento, diz que os animais vivem livres pela rua. Ao todo, são 20 que são cuidados por um grupo de moradores que os alimenta diariamente e leva, quando necessário, para tratamento com veterinários.
Uma das gatinhas encontrada morta era do militar da reserva Alexandre de Oliveira, de 53 anos, que vive na Rua Jaci FerreiraReprodução
"Eles comem aqui na rua e ficam acolhidos no meu terraço. (...) Eles têm um trecho na rua que se movimentam, não passam de um limite para cima e para baixo. Também não são gatos de ficar entrando na casa de ninguém. O máximo que fazem é ficar passando pelo muro ou repousando no meu portão. Isso é que está nos trazendo indignação. Os moradores estão indignados com isso. Especialmente os que estão envolvidos em cuidar desses gatos. Eu mesmo perdi minha gatinha nesse fim de semana", disse .
Segundo Oliveira, os sintomas apresentados pelos gatos não batem com o envenenamento por veneno de ratos, o chumbinho. "Já sabemos é que esse envenenamento não está sendo feito com um veneno comum. Não é o que chamam de chumbinho, que costuma deixar traços característicos. Achamos que é algo bem específico. Pode até ser um remédio para seres humanos e que compromete as funções do gato", detalhou.
O militar da reserva explicou que os moradores também estão instalando câmeras de segurança para flagrar a ação dos autores do suposto envenenamento dos animais. "Nós suspeitamos que isso esteja sendo feito durante a madrugada", afirmou.
A suspeita sobre o veneno diferente, segundo ele, se confirmou, no último domingo, quando a gata a qual ele era o tutor morreu. Alexandre comenta que o animal foi encontrado por sua esposa agindo de forma estranha, como se estivesse desnorteada e suspeitou que ela pudesse ser mais uma vítima. "Nós fomos tentar pegar ela e ela fugiu, quando alcançamos, ela parece ter desfalecido enquanto tentávamos socorrer", disse.
A morte dos animais é investigada pela Delegacia de proteção ao Meio Ambiente (DPMA). Agentes da especializada devem ir ao local ainda nesta quinta (13) para colher informações.
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