O advogado da família do ator, Jairo Magalhães, revelou ao DIA que Bruno, antes de ser preso, estaria entrando em contato com testemunhas que ainda seriam interrogadas pela Polícia Civil. Com o inquérito policial em andamento e testemunhas que faltam serem ouvidas, a prisão de Bruno foi prorrogada, dessa forma, evitando sua interferência.
"Nós e a família recebemos com plena satisfação e certeza a manutenção dessa prisão. Agora aguardamos o término dessa investigação e o encaminhamento do relatório final da autoridade policial, com a representação pela prisão preventiva do Bruno. É isso que esperamos, confiando na Justiça do nosso estado", disse.
O produtor de TV permanece preso na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte.
Relembre o caso
O ator Jeff Machado foi dado como desaparecido no dia 27 de janeiro. O alerta se acendeu após familiares receberem relatos de uma ONG avisando que os cães do ator estariam soltos na rua. O caso passou a ser investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). Antes de sumir, o ator teria avisado que faria uma viagem de trabalho para São Paulo.
Após meses de investigação, o corpo do ator foi encontrado dentro de um baú enterrado e concretado dentro de uma casa em Campo Grande, Zona Oeste. O imóvel foi alugado pelo produtor em dezembro do ano passado, um mês antes do desaparecimento do ator.
Desde o encontro do cadáver, a suspeita sobre Bruno foi aumentando. O produtor teria ficado com a chave da casa de Jeff e com alguns pertences depois do desaparecimento, o que chamou atenção dos investigadores. Segundo a DDPA, o suspeito tentou vender a casa e o carro do ator, mas não conseguiu. Bruno teria, ainda, enganado a vítima com a promessa dele estrelar uma novela, pedindo uma quantia de R$ 20 mil, que foi paga por Jeff.
Uma fatura bancária do ator entregue à Polícia Civil indicou que o cartão de crédito de Jeff foi usado após o seu desaparecimento. De acordo com o boleto de fevereiro de 2023, foram feitas quatro transações entre os dias 23 e 26 de janeiro, mesmo período em que a investigação acredita ter ocorrido a morte do ator. A movimentação suspeita é de R$ 5.392,02.
Uma outra prova incluída no inquérito foi uma multa recebida pelo carro de Jeff no período em que ele estava desaparecido. A distância entre o local onde o veículo foi multado e a casa em que o corpo do ator foi encontrado é de 12km. Diante das provas juntadas, a DDPA pediu a prisão dos dois suspeitos. Inicialmente, apenas Bruno era considerado o autor do crime, mas os investigadores identificaram que Jeander também estava envolvido.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.