Macaco-prego foi socorrido no sábado (15), mas morreu na manhã deste domingo (16) depois de sofrer um choque elétrico no Jardim BotânicoReprodução

Rio - Um macaco-prego morreu neste domingo (16) depois de levar um choque elétrico no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio. O Instituto Vida Livre, organização não-governamental que cuidou do animal, acusa a Light de irresponsabilidade.
Através das redes sociais, a entidade informou uma equipe do Projeto Fauna do Jardim Botânico foi acionada de forma emergencial para atender ao macaco que tomou um choque na rede elétrica, no sábado (15). O animal foi socorrido e encaminhado ao Instituto com queimaduras e sangramentos.
Ainda segundo a instituição, o macaco sofreu com uma hemorragia intensa e tinha um quadro neurológico bastante complicado com vários episódios de convulsão. Mesmo com o socorro e os cuidados, o animal morreu na manhã deste domingo (16).

A organização alega que há irresponsabilidade da Light sobre os cuidados com suas fiações. De acordo com o instituto, esse foi o segundo macaco que sofreu um choque elétrico dentro do Jardim Botânico na última semana.

"Há mais de um ano relatamos, registramos e atendemos casos de animais silvestres impactados pela Light no Rio, que já somam 30 ocorrências. Já foram contatados ouvidoria, sustentabilidade e a superintendência de relações institucionais da Light e absolutamente nada foi feito por parte da empresa. Essa é uma concessão pública que há décadas lucra fornecendo um serviço que é irresponsável com a fauna silvestre da cidade. Não há nenhum projeto de prevenção de acidentes ou políticas de suporte ao socorro desses animais por parte da Light", informou o instituto.
O caso foi registrado na 15ª DP (Gávea) nesta segunda-feira (17). Questionada, a Polícia Civil ainda não respondeu. O espaço está aberto para manifestação.
O que diz a Light
Questionada sobre o assunto, a Light respondeu que acredita na importância de zelar pela preservação do meio ambiente e prevenir o risco de eletrocussão de animais silvestres. Para isso, a companhia informou que realiza planos cíclicos de poda de árvores, o que afasta os animais da rede elétrica. Anualmente são podadas mais de 60 mil árvores na cidade do Rio e 150 mil árvores na sua área de concessão.
"Também são implementados, estrategicamente, protetores e mantas para minimizar o contato direto com pontos energizados da rede. Em pontos mais sensíveis, onde há maior incidência de animais silvestres, os condutores de média tensão possuem revestimento, ou seja, estão protegidos quanto ao contato direto com o condutor energizado e os circuitos são inspecionados anualmente a fim de levantar fragilidades e possíveis defeito", informou a empresa.