Aline Guizarra Costa está internada em estado grave no Hospital Municipal Salgado Filho, no MéierReprodução

Rio - O policial militar Paulo Afonso Macedo Martins, suspeito de atirar contra a ex-mulher e também agente da PM, Aline Guizarra Costa, teve a sua prisão em flagrante convertida para preventiva, na tarde deste sábado (22), durante audiência de custódia realizada na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, Zona Norte do Rio.
O agente foi preso em flagrante, nesta sexta-feira (21), no Méier, também na Zona Norte, após esconder a placa do veículo em que dirigia, sendo punido com pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos.
Contra ele havia um mandado de prisão temporária em aberto pelo crime de tentativa de feminicídio contra a ex-companheira. Na noite de quinta-feira (20), a sargento Aline Costa deu entrada baleada no Hospital Municipal Salgado Filho e relatou que o autor dos disparos era Paulo. Informações preliminares apontam que o homem era ex-namorado da vítima e que o crime teria sido motivado por ele não aceitar o fim do relacionamento. 
Aline teria recebido quatro tiros. Segundo informado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) neste sábado (22), seu quadro de saúde é grave.
Em sua decisão, o juiz Alex Quaresma Ravache, da Central de Audiência de Custódia (CEAC) do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), entendeu que há indícios que o PM estava escondendo as placas do veículo para dificultar as buscas da Polícia Civil contra ele.
"Como consta dos autos, verifica-se que o custodiado é investigado por crime de feminicídio tentado, possuindo inclusive mandado de prisão expedido pelo plantão judiciário, havendo fortes indícios de que circulava de madrugada em veículo sem placa para se ocultar da investigação e fugir de agentes estatais, o que revela a necessidade da prisão cautelar como garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal", escreveu.
De acordo com a PM, o militar será encaminhado à Unidade Prisional da Corporação, no Fonseca, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. "A 1ª DPJM, subordinada à Corregedoria da Polícia Militar, instaurou um procedimento apuratório paralelo às investigações da Polícia Civil, com o objetivo de investigar as circunstâncias do fato", completou a corporação.