Sargento Aline Guizarra Costa está internada e seu quadro de saúde é graveReprodução

Rio - A Diretoria Geral de Saúde da Polícia Militar postou, em suas redes sociais neste sábado (22), um pedido de doação de sangue para a sargento Aline Guizarra Costa, que está internada no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte do Rio, depois de ser baleada na quinta-feira (20). O suspeito, que é seu ex-companheiro e também agente da corporação, teve sua prisão convertida para preventiva.
A postagem informa aos interessados que as doações devem ser realizadas no Hemorio, localizado na Rua Frei Caneca, no Centro, das 7h às 18h, de segunda a segunda, incluindo feriados. A corporação ainda ressalta que a doação deve ser realizada em nome do Hospital Central da Polícia Militar (HCPM) para Aline. Desta forma, o sangue será direcionado para a policial.
Aline está internada no Salgado Filho desde a noite de quinta-feira (20). De acordo com informações preliminares, o crime teria sido motivado pelo PM Paulo Afonso Macedo Martins não aceitar o fim do relacionamento com Aline.
A sargento teria sido atingida por quatro tiros e informado que o homem foi o autor dos disparos. Ela estava se dirigindo ao hospital, um dos locais em que trabalha, quando sofreu o ataque. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), seu quadro de saúde continua grave neste domingo (23).
Prisão preventiva
O juiz Alex Quaresma Ravache, da Central de Audiência de Custódia (CEAC) do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), converteu, neste sábado (22), a prisão em flagrante do PM para preventiva durante audiência realizada na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, Zona Norte do Rio.
O agente foi preso em flagrante, nesta sexta-feira (21), no Méier, também na Zona Norte, após esconder a placa do veículo em que dirigia, sendo punido com pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos. Contra ele havia um mandado de prisão temporária em aberto pelo crime de tentativa de feminicídio contra Aline, sua ex-companheira.
Em sua decisão, o magistrado entendeu que há indícios que o PM estava escondendo as placas do veículo para dificultar as buscas da Polícia Civil contra ele.
"Como consta dos autos, verifica-se que o custodiado é investigado por crime de feminicídio tentado, possuindo inclusive mandado de prisão expedido pelo plantão judiciário, havendo fortes indícios de que circulava de madrugada em veículo sem placa para se ocultar da investigação e fugir de agentes estatais, o que revela a necessidade da prisão cautelar como garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal", escreveu.
De acordo com a PM, o militar será encaminhado à Unidade Prisional da corporação, no Fonseca, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. "A 1ª DPJM, subordinada à Corregedoria da Polícia Militar, instaurou um procedimento apuratório paralelo às investigações da Polícia Civil, com o objetivo de investigar as circunstâncias do fato", completou.