Dionísio Peixinho concorreu às eleições de 2018 pelo PPDivulgação/TRE-RJ
PM alvo de ação sobre a morte de presidente da Portela concorreu nas eleições de 2018
Anselmo Dionisio das Neves, o Dionisio Peixinho, tentou o cargo de deputado estadual pelo PP, mas não se elegeu
Rio - O policial militar Anselmo Dionisio das Neves, preso nesta sexta-feira (28) em uma ação do Grupo de Atuação Especializada (Gaeco) do Ministério Público do Rio (MPRJ), concorreu nas eleições de 2018. O sargento foi alvo de um mandado de busca e apreensão nas investigações da morte do presidente da Portela, Marcos Vieira de Souza, o Falcon, mas acabou detido em flagrante por porte de munição de uso restrito, depois que os agentes encontraram quatro munições 38 SPL em sua casa.
O PM tentou o cargo de deputado estadual com o nome de Dionisio Peixinho, mas recebeu apenas 168 votos e não se elegeu. Ele disputou as eleições pelo Partido Progressista (PP), mesmo pelo qual Falcon era candidato a vereador do Rio, quando foi assassinado, em 2016. À época, Anselmo declarou ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) ter um patrimônio de R$ 732,5 mil, sendo um apartamento no Recreio avaliado em R$ 600 mil, cotas de R$ 122.500 da empresa Dionisio Fortes e R$ 10 mil em espécie em casa.
De acordo com as informações do órgão sobre a candidatura de Dionísio Peixinho, o sargento não recebeu doações e nem teve despesas durante sua campanha à cadeira na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Ainda na operação de ontem, no endereço de Michele de Mesquita Pereira, ex-namorada de Falcon, que também teve um relacionamento com o PM, os agentes do Gaeco apreenderam R$ 80 mil sem origem comprovada e um celular.
Relembre o caso
O presidente da Portela foi morto em 26 de setembro de 2016, na sede do comitê de campanha, na Rua Carlos Xavier, esquina com a Rua Maria José, em Madureira, na Zona Norte. No atentado, o tesoureiro Felipe Guimarães foi atingido por um tiro de raspão. Segundo as investigações, dois homens armados com fuzil entraram no local e outros dois, que estavam encapuzados, esperaram do lado de fora. À época, a Delegacia de Homicídios da Capital (DH) confirmou que Falcon havia sido vítima de uma execução. Antes de sua morte, Marcos já tinha sofrido quatro atentados e levou 18 tiros.
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