Fabrício da Costa Barros, 25, não resistiu aos ferimento do corte feito pela linha chilenaReprodução/Redes Sociais
Motociclista morto por linha chilena será sepultado em Campo Grande
Fabrício da Costa Barros completaria 26 anos nesta quinta-feira
Rio - O motociclista Fabrício da Costa Barros, de 25 anos, será sepultado na tarde desta quinta-feira (3), no Cemitério de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Familiares organizaram uma carreata que sairá da Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, em direção ao cemitério.
Na tarde de terça-feira (1º), Fabrício teve o pescoço cortado por uma linha chilena enquanto passava pela Linha Amarela, na altura do bairro Água Santa, sentido Fundão, na Zona Norte. O motociclista carregava uma passageira, que sofreu um pequeno corte no pescoço e torceu o tornozelo. Ela foi atendida por agentes da Lamsa, concessionária que administra a via, e liberada em seguida.
Wagner da Costa, pai de Fabrício, esteve no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, na manhã desta quarta-feira. Abalado, ele chamou de irresponsável quem comercializa esses itens proibidos por lei.
"Eu não tenho que dar conselho para os motoqueiros, mas para o irresponsável que vende essa linha chilena que vai acabar com muitos Fabrícios, não só na Linha Amarela, mas na Linha Vermelha, como dentro de uma comunidade, dentro de um bairro. Nós estamos acostumados com a bala perdida ou até com um tirando a vida do outro e, simplesmente, uma coisa que faz uma festa no céu, quando desce, acaba com uma família, é uma fatalidade só", lamentou.
A vítima se preparava para comemorar o aniversário de 26 anos na quinta-feira e foi descrita pelo pai como um jovem responsável e trabalhador.
"O Fabrício era um moleque bom, não se envolvia com coisas erradas, (estava) trabalhando direto. Amanhã, justamente, ele ia completar 26 anos de idade, com tudo preparado. Um filho exemplar, convivia com a gente e, pela fatalidade, uma linha chilena acabou com os sonhos do meu filho. Ele usava antena direitinha, era habilitado para carro e moto, meu filho andava certinho. Os colegas dele falavam que ele era até 'bobão', porque eles têm mania de empinar com moto e meu filho andava certinho, para não ter problema", contou.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.