Sepultamento de Zico Bacana e seu irmão, Jorge, no cemitério de IrajáReginaldo Pimenta/Agência O Dia
A família do ex-vereador pediu que a Polícia Militar fizesse a segurança do velório, pois temiam um novo ataque. A cerimônia ocorreu em uma capela ao lado do cemitério, onde uma viatura ficou parada até o final do sepultamento. A família do ex-vereador acusa traficantes pelo assassinato.
Antes do enterro, familiares e amigos, portando bandeiras de campanha de Zico, fizeram um protesto por justiça pela vida dos irmãos. Aos gritos, eles pediam para que a polícia encontrasse quem cometeu o crime.
O deputado federal Pedro Paulo (PSD), amigo de Zico, esteve no velório e falou sobre a dor da perda. "Recebi a notícia muita tristeza, nós estivemos juntos no sábado, fizemos uma longa agenda, passamos quase que a manhã juntos vistoriando obras e ainda paramos para tomar uma cerveja no final. Foi a última vez que eu estive com ele, parece até que foi uma celebração", desabafou
Segundo ele, o ex-vereador era um cara muito família e preocupado com o bairro onde vivia. Agora, tanto ele, como familiares, só querem justiça.
"O Zico era um apaixonado por Guadalupe, desde que nasceu, viveu a vida toda ali e que lutava para que Guadalupe tivesse dignidade. Ele era família e foi covardemente vitimado pela violência. A gente espera que a polícia cumpra o seu papel de investigar e saber quem são os culpados destas mortes e que sofram todo o rigor da lei", disse.
Além de Zico e o irmão, Marlon Correia dos Santos também foi morto no ataque. Segundo um amigo da vítima, ele passava na esquina das Ruas Enéas Martins e Francisco Portela no momento do atentado e foi baleado no pé e nas costas.
Zico estava sentado na padaria, acompanhado de seu irmão, quando criminosos chegaram e atiraram em sua direção. O ex-vereador foi baleado na cabeça e levado por populares para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, Zona Oeste, mas não resistiu aos ferimentos.
Já Jorge e Marlon foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e levados para o mesmo hospital que Zico, mas morreram antes de dar entrada na unidade. Uma quarta pessoa, que seria o segurança do ex-vereador, ficou ferida.
De acordo com informações do 41º BPM (Irajá), os suspeitos estavam em um veículo não identificado. O grupo parou na frente da padaria, por volta das 17h20, na esquina da Rua Enéas Martins com a Francisco Portela, e realizaram os disparos. O crime aconteceu a poucos metros da casa do ex-vereador.
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